tag:blogger.com,1999:blog-3766606451648007912024-03-14T01:52:41.525-07:00Educação CatólicaUma Educação eficaz apoia-se inteiramente na razão, na religião e na bondade.(São João Bosco)Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-6973082128393080812012-06-21T17:42:00.001-07:002012-06-21T18:11:24.682-07:00Ordenação de Dom Bosco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy0_kccZr2dZxXVaJ6SvTA8fHC7yCzAGMu74qKE18PiveECh3uE34uIfmALsHD6paLmZRgC8KbDs07LemFKSRtQoJ7ej0VozcqdWyuVuGj4QGvn-NEX4hiedhDNpGVvs6sU49zW7RDPiol/s1600/dom+bosco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy0_kccZr2dZxXVaJ6SvTA8fHC7yCzAGMu74qKE18PiveECh3uE34uIfmALsHD6paLmZRgC8KbDs07LemFKSRtQoJ7ej0VozcqdWyuVuGj4QGvn-NEX4hiedhDNpGVvs6sU49zW7RDPiol/s320/dom+bosco.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">Há 170 anos atrás em 05 de junho de 1841, o arcebispo de Turim, colocou as mãos sobre a cabeça de João Bosco e o consagrou padre. Poucos minutos depois João celebrou sua primeira missa. Ele tinha 26 anos, e tornou-se "Dom Bosco". A primeira parte de seu "grande sonho se cumpria.</span></span></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-7680498918240872802012-06-20T06:43:00.002-07:002012-06-20T19:09:47.034-07:00Uma Professora Mártir: Beata Natalia Tulasiewicz<br />
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<div style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh50FsIJ0A_LuaU7lN-pQrfSWa9ZdPmJJTwAUgJyVIDf5J0TxFuiZ6kLrNbh6aQHwcoOLzVNfSoCDHpspOzZPs-t2vh0zvKwOJyKLqHtduHe7_QGry_VPU-y-7fXDmbenzmegdOJboWiSt5/s1600/beata+natalia+tulassiewics.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh50FsIJ0A_LuaU7lN-pQrfSWa9ZdPmJJTwAUgJyVIDf5J0TxFuiZ6kLrNbh6aQHwcoOLzVNfSoCDHpspOzZPs-t2vh0zvKwOJyKLqHtduHe7_QGry_VPU-y-7fXDmbenzmegdOJboWiSt5/s1600/beata+natalia+tulassiewics.jpg" /></a></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif;">
<span style="background-color: white; font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
Natalia Tulasiewicz nasceu na
região de Rzeszów na Polônia em 9 de abril de 1906. Cresceu em um
ambiente familiar católico e não perderá os valores aprendidos no lar
quando se instala na cidade de Poznan, para exercer a função de professora
leiga. Pelo contrário, Natalia entendeu que a vida e a fé caminham lado a lado
e que a santidade pode ser vivida no cotidiano.</div>
<div class="MsoNormal">
Natalia
se une ao grande movimento de apostolado laico convertendo-se em uma entusiasta
animadora.</div>
<div class="MsoNormal">
Em
meados de setembro de 1939, a católica Polônia sofre um dos períodos
mais dolorosos de sua história. Quase simultaneamente é invadida pelo oeste
pela Alemanha nazista de Hitler e pelo leste pelo Exército Vermelho soviético
de Stalin. Estes dois regimes eram abertamente contrários ao catolicismo e num
lapso de poucos anos exterminaram mais de seis milhões de poloneses.<u1:p></u1:p></div>
<div style="line-height: 15pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;"> Natalia,
como toda a sua geração, presencia impotente a sua nação ser aniquilada. Ela
confiava em Deus e sabia que o mal nunca tem a última palavra, ainda que por
momentos pareça invencível. Cheia de valor se entrega a infundir esperança
entre seus compatriotas, animando-os a esperar no Senhor e a se entregar a sua
proteção. Porém seu apostolado não ficou só nos conselhos ao tomar conhecimento
que muitas mulheres polonesas estavam sendo enviadas para a Alemanha para
realizar trabalhos forçados, ela parte livremente com elas para poder ajudá-las
espiritualmente.<o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div style="line-height: 15pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;"> Em abril
de 1944 a Gestapo, a polícia secreta política do regime nazista,
descobre sua ação e a prendeu. Foi atrozmente torturada e humilhada
publicamente e enviada ao campo de concentração de Rawensbrück, perto de
Brandeburgo. Era Sexta-feira Santa de 1945, suas forças são poucas devido aos
maus tratos sofridos; entretanto, esta admirável mulher sai de sua barraca e
proclama um emocionante discurso sobre a Paixão e Ressurreição de Nosso Senhor
que enche de esperança os prisioneiros. Nosso Senhor tem um belo gesto de
ternura para com sua filha Natalia, pois dois dias depois, 31 de março, Domingo
de Páscoa, ela é transladada para a câmara de gás, onde entrega sua alma.<o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div style="line-height: 15pt; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;"> Em 13 de
junho de 1999, o Papa João Paulo II, beatificou 108 vitimas da perseguição
nazista,entre os quais se encontrava a leiga Natalia Tulasiewicz. Ela é
comemorada no Martirologio Romano no dia 31 de março.<o:p></o:p></span><u1:p></u1:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fonte: <a href="http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2011/03/beata-natalia-tulasiewicz-martir-do.html">http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2011/03/beata-natalia-tulasiewicz-martir</a><a href="http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2011/03/beata-natalia-tulasiewicz-martir-do.html">-d</a><a href="http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2011/03/beata-natalia-tulasiewicz-martir-do.html">o.html</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-14456476236288416932012-03-30T18:57:00.001-07:002012-03-30T18:57:41.608-07:00Anticlericalismo nas Escolas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnX4i1lN83FaTAx1qeGJ6vv82dB0UDFlq7PRC2DJZ_GOWYgQZesGvGtapag4UHeEkQgNHUeA0tTKz3qUe_x7qTbZMRiJxh2g0fo2G7qd-gl-wsSanLgZ9F4GPAk3F86vCDWKT_t0AXpnMR/s1600/igrejacatolica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnX4i1lN83FaTAx1qeGJ6vv82dB0UDFlq7PRC2DJZ_GOWYgQZesGvGtapag4UHeEkQgNHUeA0tTKz3qUe_x7qTbZMRiJxh2g0fo2G7qd-gl-wsSanLgZ9F4GPAk3F86vCDWKT_t0AXpnMR/s320/igrejacatolica.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Infelizmente o que vemos na imagem acima realmente acontece nas salas de aula. Professores sem o mínimo conhecimento sobre Igreja Católica que distorcem sua história, fazem os maiores malabarismos para dizer que Ela não presta. O engraçado é que são sempre os mesmos argumentos infundados: A Idade Média é a Idade das Trevas, onde a Ciência era condenada, que Inquisição matava e torturava todos aqueles que não concordavam com a Fé Católica, que a Igreja é retrógada por não aceitar camisinha, que os padres são pedófilos... entre outras falácias que escutamos por aí. Baseiam-se muitas vezes em livros didáticos com cunho esquerdista que o objetivo é denegrir a imagem da Igreja mesmo, ou então na própria mídia que na maioria das vezes manipula a notícias sobre a Igreja e não faz a mínima questão de procurar as fontes Dela pra conhecer a verdade. É verdade que membros da Igreja cometeram erros e ainda cometem, pois ela é composta por pessoas. Mas não se pode condenar a Igreja como um todo. O problema não é certos professores serem contra a Igreja, eles têm liberdade pra isso, o problema é fazer a cabeça dos alunos conta Ela. Um professor dentro de sala de aula não esta ali para impor uma opinião dele e nem distorcer os fatos contra a realidade. Ele está ali para transmitir o conteúdo como é, e fazer o aluno conhecer a verdade. Não precisa ser religioso para isso, basta ser honesto. Portanto, professores, vamos aprender mais sobre a Igreja Católica antes de falar abobrinhas para seus alunos...</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-59667678915024928212012-03-09T17:04:00.000-08:002012-03-09T17:04:26.447-08:00Palestra sobre Educação e Família<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/mFspJLNKGuw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xzAaQYM7E7g?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Oc4Qj4GQ8n4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/vzFnsnknfz0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-26442229474632949762012-02-12T05:21:00.000-08:002012-02-12T05:21:26.397-08:00Do Banimento do Latim e da Filosofia à Imbecilidade Coletiva<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em seu livro O Latim no Direito (Rio de Janeiro: Forense, 2002), Ronaldo Caldeira Xavier afirma, logo à Introdução:</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">"Há dezesseis anos, pela Resolução 8/71, destinada a fixar 'o núcleo comum para os currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo-lhes os objetivos e a amplitude', o Conselho Federal de Educação (CFE), em cumprimento ao disposto no art. 4º, §§ 1º (inciso I) e 2º, da Lei nº 5.692, de 11.08.71; na forma ainda do que estabelecem os arts. 5º, 6º, 7º e 8º da mesma Lei; e tendo em vista o Parecer nº 853/71, com homologação do então Ministro da Educação e Cultura, houve por bem excluir (por omissão) o Latim do programa oficial de ensino. Fado idêntico, pela mesma Resolução, coube à Filosofia. E eis que, de uma só esmechada, se assentava em privar o alunado brasileiro de duas melhores fontes de cultura humanística. Imperiosos motivos (que infelizmente não alcançamos) deveriam certamente haver inspirado os seis doutos membros que firmaram a sobredita Resolução".</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
Tampouco nós alcançamos os "imperiosos motivos" que levaram ao banimento de duas tão importantes disciplinas do programa oficial de ensino como o são o latim e a filosofia. Não por mero saudosismo, mas porque o latim estimula comprovadamente o raciocínio lógico, a concisão, a objetividade - é o inimigo número 1 da prolixidade, por isso o preferido de juristas e teólogos -, além de facilitar uma melhor compreensão da língua portuguesa e de sua estrutura, sendo também base para o estudo de outras línguas (como o espanhol, francês e italiano).<br />
<br />
A filosofia, por sua vez, dispensa maiores comentários: é inegável como esta contribui para o desenvolvimento da investigação dialética e lógica na busca da verdade dos fatos e das coisas. O saber de grandes filósofos como Platão, Aristóteles, Cícero, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, etc., é alicerce sólido e alimento nutritivo para a inteligência, a moralidade e a virtude.<br />
<br />
Por que motivo, então, matar com uma única facada a filosofia e o latim, banindo-se do programa oficial de ensino brasileiro, fazendo-lhes vítimas do ostracismo intelectual?<br />
<br />
"Imperiosos motivos que infelizmente não alcançamos".<br />
<br />
Alcançamos, contudo, a certeza de que massas burras são massas facilmente domináveis.<br />
<br />
O banimento do latim e da filosofia criou uma geração de brasileiros sem qualquer amor pelo raciocínio, pela investigação da verdade e pelo senso moral. O resultado são pessoas que não questionam absolutamente nada do que o Governo lhes apresenta como certo e fidedigno, e assim se tornam vítimas facilmente manipuláveis pelo Estado.<br />
<br />
O esquerdismo pode assim dominar - seguindo o programa do marxismo cultural - palavras e expressões inteiras, deturpando-lhe o sentido e conferindo-lhe novo significado conforme seus propósitos sórdidos, criando a "Novilíngua". Assim, hoje em dia qualquer contrariedade é impugnada como "preconceito", qualquer opinião oposta é condenada como "discriminação"; a palavra "diálogo" toma o sentido de ser cúmplice; ser "conservador" é ser nazista e retrógrado, ser da "esquerda" é ser do progresso e amigo da sociedade. E nada disso é questionado; tudo se aceita passivamente.<br />
<br />
Perdeu-se o gosto pelo raciocínio e pela precisão no discurso - que o latim garantia - e o amor pela contenda intelectual e a investigação da verdade - que a filosofia estimulava. O resultado é uma geração de robôs, indivíduos facilmente manipuláveis por ideologias ultrapassadas e errôneos, defensores de conceitos "politicamente corretos" absurdos, mas enfiados em suas mentes e aceitos com passividade.<br />
<br />
Do banimento do latim e da filosofia seguiu-se a imbecilidade coletiva.<br />
<br />
E assim o Governo Federal pode chegar em alguém e justificar o aborto dizendo que "a mulher tem direito sobre o seu corpo", e ninguém lhe questiona se a mulher teria direito sobre o corpo de seu filho!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="http://taiguaraonline.blogspot.com/2009/05/do-banimento-do-latim-e-da-filosofia.html">http://taiguaraonline.blogspot.com/2009/05/do-banimento-do-latim-e-da-filosofia.html</a> </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-35380371880607634582012-01-31T17:06:00.000-08:002012-01-31T17:11:39.079-08:00Educação e Instrução da Infância Moderna<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Artigo do Cetro Real sobre a cristianização das novas gerações, através da introdução de uma lógica cristã na formação cultural e moral de crianças e adolescentes. Especificamente neste artigo, temos enfocado o desafio de educadores cristãos em atuação em educandários leigos, sejam escolas primárias ou mesmo no ambiente universitário.</span></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<span style="color: black;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entrevista com Arcipestre Artemio Vladimiro.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><strong><em><span style="color: black;">- Batiushka, você tem vasta experiência <st1:personname productid="em ensinar. Você" w:st="on">em ensinar. Você</st1:personname> lecionou em escolas seculares assim como em organizações educacionais da igreja. Também conduziu os cursos que agora estão ganhando alguma atenção na Russia, chamados “Fundamentos da Cultura Ortodoxa”. Quais qualidade, em sua opinião, um professor deve ter se desejar ensinar esta disciplina?</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></em></strong> </div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;">- Pela providência de Deus eu tenho estado conectado ao ensinamento escolar desde 1983. Eu lembro, quando eu era um professor jovem, eu estive sob um julgamento rigoroso dos burocratas soviéticos, que me acusavam de um pensamento não-padrão.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></div></span><br />
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Eles requisitaram que eu fosse removido imediatamente do sistema escolar ginasial soviético, pois nos anos 80 tudo deveria conformar a um determinado formato.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Entretanto, no ensinamento em geral e particularmente no ensinamento da cultura ortodoxa, não deve haver de modo algum uma abordagem padrão. </span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Não se deve seguir um caminho bem-trilhado e fixo o tempo todo.<span class="apple-converted-space"> </span>Nós, os educadores do século 21 não podemos nos safar com frases clichês e generalidades.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Nós somos pioneiros e não temos medo de descobrir novos horizontes.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Quando você entra num auditório de uma escola pela primeira vez, você deve, acima de tudo, ser claro com relação ao seguinte: crianças são alegres, criaturas que amam o conhecimento e olham para o mundo (desde que não tenham sido cativados por jogos de computadores – mais sobre isso depois) com olhos bem abertos.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Assim, cada educador – e especialmente, todo instrutor das leis de Deus – deve ter uma percepção aguçada e fresca do mundo, a habilidade de abordar um assunto de um lado inteiramente inesperado.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">E mais importante, deve entender que o professor e seus pupilos se associam não apenas em um nível intelectual, mental, discursivo ou racional, mas também com o coração e alma.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Além disso ele pode, e de fato deve, começar o processo educacional com uma oração secreta para seu sucesso.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><em><b><span style="color: black;">- Provavelmente não é fácil fazer esse tipo de contato com as crianças de hoje em dia…</span></b></em><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></div></span><br />
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;">- Hoje nossa audiência jovem sabe mais que nós mesmos sobre o significado de “bom” e “ruim”.<span class="apple-converted-space"> </span>Eles estão sobrecarregados com todo o tipo de informação.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></div></span><br />
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Freqüentemente quando lidamos com crianças podemos observar e sentir um desânimo prematuro com a vida. Elas são privadas de sua infância, daquele tempo que não volta mais quando (como era quando éramos crianças) os adultos tentariam proteger a criança de assuntos, imagens e impressões cruas, negativas e impuras.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">O educador de hoje pode ser comprado a um soldado do ministério das emergências; a um salvador que chegou na cena de um terremoto ou naufrágio. Sua tarefa é puxar algum ser vivo para fora do entulho.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Então hoje, chegando a uma classe de estudantes do ginásio (estou falando aqui da situação da capital da Russia), você involuntariamente fica eriçado, porque você pode determinar o estado moral de sua audiência pelos seus olhares. Um deles olha para você com um olher pesado, indiferente,cansado, como a dizer “não me arrependo, ou chamo, ou choro / como vapor subindo das macieiras brancas, Estou farto / superado pelo ouro minguante / não mais eu serei jovem¹. Enquanto isso, no outro canto você está sendo observado por um ser jovem, que por alguma razão não teve tempo suficiente de se vestir suficientemente para sua aula de “Fundamentos da cultura espiritual”. Tudo que deveria estar escondido dos estranhos está piscando para fora.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Você tenta entender o que faz esse ser funcionar, mas ao invés disso, você abaixa o olhar em constrangimento – tão afiado, avaliador e pacífico o olhar dela lhe parece.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Está exatamente de acordo com as palavras de Salomão, a fornicação de uma mulher pode ser conhecida pela altivez de seus olhos e por suas pálpebras.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Então, o professor de hoje de cultura espiritual – ou lições sobre moralidade, piedade, ou qualquer que seja o nome da disciplina – requer integridade da alma e forças vitais de amor e verdade que podem suportar a pressão desses olhares sarcásticos, cínicos, a malícia, indiferença e até a rudeza simples.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><span style="color: black;">Um professor deve ser incondicionalmente sincero, e ter calor no coração.</span></strong><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">O educador moderno deve entender que não é possível a ele adequar seu material à cama de Procrustes² de temas herdados do final do século 19, início do século 20.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">E esses temas mesmos, sejam eles histórias sagradas do Velho e Novo Testamentos, a história da Igreja Cristã ou litúrgicos, como o total conhecimento dos serviços modernos da igreja, devem ser ensinados com grande tato, sensibilidade e precaução; mais importante, devem ser relacionados aos assuntos que toquem os jovens, audiência moderna, de forma vívida.Como os servos de Aesculapius – doutores, cujo princípio era “não fira”, também os professores de cultura espiritual devem ter ser princípio principal, “não entedie!” Não seja um fardo para sua audiência, mas sim uma alegria.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Nós, educadores, devemos olhar para nós mesmo com muito cuidado e nos ouvir objetivamente. E durante o curso das próprias lições, como relatamos para as crianças, devemos testar para assegurar que não estão exaustos ou enfadados por nossa palestra.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Acredito que durante os anos vindouros na Russia, não apenas essas matérias serão legalizadas em todas as escolas públicas, mas serão introduzidas como parte do curriculum requerido.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">E que Deus garanta que os educadores possam deitar o tesouro da experiência educacional e abordagem metódica aos pés das crianças naquela hora em que começam a falar com elas sobre o perene, o valioso, o ideal, puro e belo – sobre tudo que vive na campo da cultura ortodoxa.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><em><b><span style="color: black;">- Espera-se que crianças que participam das escolas da Igreja sejam mais simples, obedientes, atentas…</span></b></em><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></div></span><br />
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="color: black;">- Nossas crianças não vivem em cavernas nem nas Alturas espirituais. Elas vêm de famílias modernas; e mesmo se essas famílias participarem da vida da Igreja, mesmo se elas foram pias, ainda assim, ninguém nem nada podem proteger nossos estudantes de uma grande variedade de influências – esses “ventos malévolos”.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></div></span><br />
<div style="margin: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Um professor de cultura espiritual deve ser um excelente diagnosticador, deve ser um médico espiritual, que, pela classe inteira no começo da semana, seja obrigado a fazer um diagnóstico imediato discernindo qual vento, que vírus penetrou e conquistou mentes e corações desses adolescentes durantes os últimos três ou quatro dias desde o último encontro.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Na semana passada foi o vento das palavras grosseiras. Há atualmente um problema na Russia: nossas bocas e lábios se tornaram um tipo de padaria. “Blini” ³, “fudge” e vários bolos verbais recheados de vulgaridade, agressividade e pensamentos impuros parecem estar sempre estourando. Simplesmente passar por esses produtos com indiferença significaria permitir que todas nossas grandes expectativas e boas intenções fossem pelo ralo.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Esta semana você vê que as garotas começam a perseguir os garotos, batendo neles com as mochilas cheias de livros, como um sinal de amor infinito. E você tem que prevenir um trauma infantil e mostrar que há outras formas de membros dos sexos opostos fazerem amigos; você tem que guiar seus interesses secretos mútuos para um caminho mais pacífico e construtivo.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Na próxima semana lutaremos contra outras novas tentações. Para isso, nós, educadores ortodoxos, não somos sonhadores da torre de marfim. Nós somos realistas, pragmáticos, doutores da vizinhança que participam dos destinos das pessoas.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Somos também oficiais do exército, ficamos na linha de frente, onde “cavalo e homem estão misturados em pilhas”4, balas de canhão, o assobio do tiro, nuvens de terra subindo cá e lá, o relincho dos cavalos, chamadas à vitória, gritos de feridos...e lá, no meio da devastação militar, está o educador como um rápido cavaleiro.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="margin: 0cm; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;">Ele olha com frieza para o que está acontecendo, tentando trazer conforto, para resgatar um ou outro adolescente, e por vezes até guardar com seu próprio peito algum ser jovem e inexperiente.</span><span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div><br />
<div style="margin: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><a href="http://cetroreal.blogspot.com/2009/02/educacao-e-instrucao-da-infancia.html">http://cetroreal.blogspot.com/2009/02/educacao-e-instrucao-da-infancia.html</a></span></span></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-34739790351133418592012-01-27T05:23:00.000-08:002012-01-27T05:29:44.690-08:00Marxismo Cultural<div style="text-align: justify;">O marxismo é um assunto que tem invadido cada vez mais as escolas. Muitos professores propagam as ideologias marxistas e acabam convencendo os alunos de que isso seja bom. Até os livros didático vem com essa ideologia, não demonstrando como algo neutro, mas como algo que deva ser aceito. Não é de se surpreender pois nosso governo é marxista/socialista. Mas não existe apenas o marxismo econômico, mas o marxismo cultural que é o mais influente em nossos dias. Porque, não é preciso estudar marxismo para estar dentro da cultura em que estamos. Basta ver a decadência moral de nossos dias: as escolas distribuindo preservativos os jovens se entregando a uma vida desregrada, começando a vida sexual cada vez mais cedo, a falta de religiosidade das pessoas, os divórcios pois já não se vê o matrimônio como algo eterno e sagrado, o homossexualismo, o aborto e a a propria mídia que contribui para espalhar tudo isso....</div><div style="text-align: justify;">Para saber mais sobre esse marxismo cultural posto aqui algumas aulas do Padre Paulo Ricardo que explica muito bem o que é o marxismo cultural dominante em nossos dias, e como combate-lo :</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/FJi7CugwzVw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zR46YW9t4VY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/fb9M8EXdATk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/m1siNc0etwg?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-87422291036440275902012-01-20T10:05:00.000-08:002012-01-20T10:18:39.723-08:00Dom Bosco: O Sistema Preventivo na Educação dos Jovens<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5ZbGIYyp6hgmbxNT_U5c8s82AvuxxCKgfc1F5P8_zlmjf5r6vJAlynOv7Va51FoWcflkNvq_gBh4xQdr1wAnUwQ0CFfbRU__lRsduN5R0WvFBLe3SyOVQt-gmZUbf0sI1wYpn8Crq-Udg/s1600/dom_bosco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5ZbGIYyp6hgmbxNT_U5c8s82AvuxxCKgfc1F5P8_zlmjf5r6vJAlynOv7Va51FoWcflkNvq_gBh4xQdr1wAnUwQ0CFfbRU__lRsduN5R0WvFBLe3SyOVQt-gmZUbf0sI1wYpn8Crq-Udg/s320/dom_bosco.jpg" width="230" /></a></div><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Fui instado várias vezes a expressar, verbalmente ou por escrito, o meu pensamento sobre o chamado Sistema Preventivo, que se costuma praticar em nossas casas. Por falta de tempo, não pude ainda satisfazer esse desejo. Querendo agora imprimir o Regulamento, que até hoje tem sido usado sempre tradicionalmente entre nós, julgo oportuno expor aqui um rápido esboço. Isso será como o índice de um opúsculo que estou elaborando, se Deus me der vida para levá-lo a termo. Move-me a isso apenas a vontade de colaborar na difícil arte da educação juvenil. Direi, portanto, em que consiste o Sistema Preventivo, e por que se deve preferir; sua aplicação prática e vantagens.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoListParagraph" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">1.<span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"> </span></span></b><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Em que consiste o Sistema Preventivo e por que se deve preferir<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">São dois os sistemas até hoje usados na educação da juventude: o Preventivo e o Repressivo. O Sistema Repressivo consiste em fazer que os súbditos conheçam a lei, e depois vigiar para saber os seus transgressores e infligir-lhes, quando necessário, o merecido castigo. Nesse sistema, as palavras e o semblante do superior devem constantemente ser severos e até ameaçadores, e ele próprio deve evitar toda a familiaridade com os dependentes. O diretor, para dar mais prestígio à sua autoridade, raro deverá achar-se entre os dependentes e quase unicamente quando se trata de ameaçar ou punir. Esse sistema é fácil, menos trabalhoso. Serve especialmente para soldados e, em geral, para pessoas adultas e sensatas, que devem, por si mesmas, estar em condições de saber e lembrar o que é conforme às leis e outras prescrições.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Diferente e, eu diria, oposto é o Sistema Preventivo. Consiste em tornar conhecidas as prescrições e as regras de uma instituição, e depois vigiar de modo que os alunos estejam sempre sob os olhares atentos do diretor ou dos assistentes. Estes, como pais carinhosos, falem, sirvam de guia em todas as circunstâncias, dêem conselhos e corrijam com bondade. Consiste, pois, em colocar os alunos na impossibilidade de cometerem faltas.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O sistema apóia-se todo inteiro na razão, na religião e na bondade. Exclui, por<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">isso, todo o castigo violento, e procura evitar até as punições leves. Parece preferível pelas seguintes razões:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">1. O aluno, previamente avisado, não fica abatido pelas faltas cometidas, como<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">sucede quando são levadas ao conhecimento do superior. Não se irrita pela<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">correção feita nem pelo castigo ameaçado, ou mesmo infligido, pois a punição<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">contém em si um aviso amigável e preventivo que o leva a refletir e, mais v e z e s , consegue granjear-lhe o coração. Assim o aluno reconhece a necessidade do castigo e quase o deseja.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">2. A razão mais essencial é a volubilidade do menino, que num instante esquece as regras disciplinares e o castigo que ameaçam. Por isso é que, amiúde, se torna um menino culpado e merecedor de uma pena em que nunca pensou, e de que absolutamente não se lembrava no momento da falta cometida, e que teria por certo evitado, se uma voz amiga o tivesse advertido.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">3. O Sistema Repressivo pode impedir uma desordem, mas dificilmente melhorará os culpados. D i z a experiência que os jovens não esquecem os castigos recebidos, e geralmente conservam ressentimento acompanhado do </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">desejo de sacudir o jugo e até de tirar vingança. Podem, às vezes, parecer </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">indiferentes; mas quem lhes segue os passos sabe quão terríveis são as reminiscências da juventude. Esquecem facilmente os castigos que recebem dos pais; muito dificilmente, porém, os dos educadores. Há casos de alguns </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">que na velhice se vingaram com brutalidade de castigos justos que receberam </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">nos anos de sua educação. O Sistema Preventivo, pelo contrário, granjeia </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">a amizade do menino, que vê no assistente um benfeitor que o adverte, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">quer fazê-lo bom, livrá-lo de dissabores, castigos e desonra.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">4.<b> </b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O Sistema Preventivo predispõe-se persuade de tal maneira o aluno, que o </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">educador poderá em qualquer lance falar-lhe com a linguagem do coração, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">quer no tempo da educação, quer ao depois. Conquistado o ânimo do discípulo, poderá o educador exercer sobre ele grande influência, avisá-lo, aconselhá-lo, e também corrigi-lo, mesmo quando já colocado em qualquer trabalho ou emprego público, ou no comércio. Por essas e muitas outras razões, parece que o Sistema Preventivo deve preferir-se ao Repressivo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">2. Aplicação do Sistema Preventivo<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A prática desse sistema baseia-se toda nas palavras de São Paulo: "A caridade é benigna e paciente; tudo sofre, mas espera tudo e suporta qualquer incomodo. Por isso, somente o cristão pode aplicar com êxito o Sistema Preventivo. Razão e Religião são os instrumentos de que o educador deve servir-se; deve inculcá-los, praticá-los ele mesmo, se quiser ser obedecido e alcançar os resultados que deseja.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">1. Deve, pois, o diretor consagrar-se totalmente aos seus educandos: jamais assuma compromissos que o afastem das suas funções, Pelo contrário, permaneça sempre com seus alunos, todas as vezes que não estiverem regularmente ocupados, salvo estejam por outros devidamente assistidos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">2. A moralidade dos professores, mestres de oficina, assistentes, deve ser notória. Esforcem-se eles por evitar, como epidemia, toda a sorte de afeições ou amizades sensíveis com os alunos, e lembrem-se de que o descaminho de um só pode comprometer um instituto educativo. Veja-se que os alunos não fiquem jamais sozinhos. Porquanto possível, os assistentes sejam os primeiros em achar-se no lugar onde os alunos devem reunir-se; entretenham-se com eles enquanto não vier um substituto; nunca os deixem desocupados.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">3. Dê-se ampla liberdade de correr, pular e gritar, à vontade. Os exercícios </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">ginásticos e desportivos, a música, a declamação, o teatro, os passeios, são </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">meios eficacíssimos para se alcançar a disciplina, favorecer a moralidade e conservar a saúde. Mas haja cuidado em que a matéria das diversões, as pessoas que tomam parte, as falas, não sejam repreensíveis. "Fazei quanto </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">quiserdes", dizia o grande amigo da juventude, São Filipe Néri, "a mim me </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">basta não cometais pecados".</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">4<b>. </b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A confissão frequente, a comunhão frequente e a missa cotidiana são as colunas que devem sustentar um edifício educativo, do qual se queira eliminar a ameaça e a vara. Nunca se obriguem os jovens a frequentar os santos sacramentos: basta encorajá-los e dar-lhes comodidade de se aproveitarem deles. Nos exercícios espirituais, tríduos, novenas, pregações, catecismos, ponha-se em relevo a beleza, a sublimidade, a santidade da Religião, que oferece meios tão fáceis, tão úteis à sociedade civil, à paz do coração, à salvação da alma, como são precisamente os santos sacramentos. Dessa maneira, estimulam-se os meninos a querer, espontaneamente, essas práticas de piedade; haverão de cumpri-las de boa vontade, com prazer e fruto.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">5. Use-se a máxima vigilância para impedir que entrem no instituto companheiros, livros ou pessoas que tenham más conversas. A escolha de um bom porteiro é um tesouro para uma casa de educação.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">6. Todas as noites, após as orações de costume e antes que os alunos se recolham, o diretor, ou quem por ele, dirija em público algumas afetuosas palavras, dando algum aviso ou conselho sobre o que convém fazer ou evitar. Tire-se a lição moral de acontecimentos do dia, sucedidos em casa ou fora; mas a sua alocução não deve passar de dois ou três minutos. Essa é a chave da moralidade, do bom andamento e do bom êxito da educação.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">7. Afaste-se como a peste a opinião dos que pretendem diferir a primeira comunhão para uma idade demasiado adiantada, quando em geral o demónio já se apossou do coração dos meninos, com incalculável dano da sua inocência. Conforme a disciplina da Igreja primitiva, costumava dar-se às crianças as hóstias consagradas que sobravam da comunhão pascal. Isso demonstra quanto preza a Igreja sejam os meninos admitidos mais cedo à santa comunhão. Quando uma criança pode distinguir entre Pão e pão, e revela instrução suficiente, já não se olhe para a idade, e venha o Soberano Celeste reinar nessa alma abençoada.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">8. Os catecismos recomendam a comunhão frequente: São Filipe Néri aconselhava-a cada oito dias e ainda mais amiúde. O Concílio Tridentino diz claro que deseja sumamente que todos os fiéis, quando ouvem a santa Missa, façam também a comunhão. Porém seja a comunhão não só espiritual, mas ainda sacramental, a fim de que se tire maior fruto desse augusto e divino sacrifício {Concílio Tridentino,Sess. X X I I , capítulo VI).<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">3. Utilidade do Sistema Preventivo<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Dir-se-á que esse sistema é difícil na prática. Observo que da parte dos alunos </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">torna-se bastante mais fácil, agradável e vantajoso. Para o educador, encerra alguma dificuldade que, porém, diminuirá se ele se entregar com zelo à sua missão. O educador é um indivíduo consagrado ao bem de seus alunos: por isso, deve estar pronto a enfrentar qualquer incómodo e canseira, para conseguir o fim que tem em vista: a formação cívica, moral e científica dos seus alunos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Além das vantagens acima expostas, acrescenta-se ainda o seguinte:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">1. O aluno conservará sempre grande respeito para com o educador e lembrará com gosto a educação recebida e considerará ainda os seus mestres e demais superiores como pais e irmãos. Esses alunos, nos lugares para onde </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">forem, serão, as mais das vezes, o consolo da família, cidadãos prestimosos </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">e bons cristãos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">2. Qualquer que seja o caráter, a índole, o estado moral do aluno ao ser admitido, podem os pais viver seguros de que seu fdho não vai piorar, e considera-se </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">como certo que se alcançará sempre alguma melhora. Antes, meninos houve </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">que depois de terem sido por muito tempo o flagelo dos pais, e, até, rejeitados </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">pelas casas de correção, educados segundo esses princípios, mudaram de índole e caráter, deram-se a uma vida morigerada, e presentemente ocupam posição distinta na sociedade, tornando-se, desse modo, o amparo da família e honra do lugar em que moram. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Os alunos que por acaso entrassem num instituto com maus hábitos, não </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">podem prejudicar os seus companheiros. Nem os meninos bons poderão ser </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">por eles contaminados, porque não haveria tempo, nem lugar, nem ocasião, </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">pois o assistente, que supomos presente, logo lhes acudiria.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">4. Uma palavra sobre os castigos<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Que norma seguir para dar castigos? Por quanto possível, jamais se faça uso de castigos. Quando, porém, a necessidade o exige, observe-se quanto segue:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">1. O educador entre os alunos procure fazer-se amar, se quer fazer-se respeitar. Nesse caso, a subtração da benevolência é um castigo que desperta emulação, infunde coragem sem deprimir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">2. Entre os meninos é castigo o que se faz passar por castigo. Observou-se que um olhar não amável produz para alguns maior efeito que uma bofetada. O elogio quando uma ação é bem-feita, a repreensão quando há desleixo, é já um prêmio ou castigo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">3. Salvo raríssimos casos, as correções, os castigos, nunca se dêem em público, mas em particular, longe dos companheiros, e empregue-se a máxima prudência e paciência para que o aluno compreenda a sua falta à luz da razão e da religião.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">4. Bater, de qualquer modo que seja, pôr de joelhos em posição dolorosa, puxar orelhas e outros castigos semelhantes, devem-se absolutamente banir, porque são proibidos pelas leis civis, irritam sobremaneira os jovens e desmoralizam o educador.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">5. Torne o diretor bem conhecidas as regras, os prêmios e os castigos sancionados pelas leis disciplinares, a fim de que o aluno não possa desculpar-se dizendo: " Eu não sabia que isso era mandado ou proibido".<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Se em nossas casas se puser e prática este sistema, creio poderemos alcançar grande resultado, sem recorrermos a pancadarias, nem a outros castigos violentos. Há quarenta anos, m á s o u menos, que trato com a juventude, não me lembra ter usado castigo de espécie alguma. Com o auxílio de Deus, não só obtive sempre o que era de dever, mas ainda o que eu simplesmente desejava, e isso daqueles mesmos meninos dos quais se havia perdido a esperança de bom resultado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-37744307222839794692012-01-16T14:03:00.000-08:002012-01-16T14:03:10.975-08:00Normas para Professores Católicos<span lang="PT-BR">(18 de julho de 1957)<br />
<br />
Pio XII<br />
<br />
<br />
<br />
1. Antes de tudo, numa sociedade em plena evolução, como a presente, conservai a mais alta ideia da vossa missão providencial;<br />
<br />
a) porque ela é e será sempre de necessidade imprescindível, (já que a formação e a educação primária das crianças é algo anterior a todas as demais futuras diversificações sociais;<br />
<br />
b) porque ela constitui a base natural de tudo o que se deva elaborar depois, proporcionando-lhe, inclusive, um tom e um sentido cuja influência nunca se poderá desconhecer, antes dever-se-á levar em conta como algo definitivo;<br />
<br />
c) porque, embora o campo da cultura se vá sempre ampliando coisa certa é que, em determinadas formas e em determinados graus, nunca estará ela ao alcance de todos absolutamente, enquanto que os primeiros passos do ensino abrangem, por necessidade, a sociedade inteira, podendo imprimir-lhe cunho cada vez mais definido.<br />
<br />
2. Mas, para que a vossa missão alcance a sua plena eficácia, indispensável é que tenhais dela uma ideia clara, recordando sempre:<br />
<br />
a) que a vossa missão como mestres não pode reduzir-se exclusivamente a serdes veículos para a aquisição de uma ciência, mais ou menos profunda, mais ou menos vasta, senão que deveis ser, antes de mais nada, educadores dos espíritos, e, na sua devida proporção, forjadores das almas dos vossos escolares;<br />
<br />
b) que o vosso labor não pode conceber-se como um empenho meramente individual, e sim como uma função social, em plena coordenação, sobretudo, com as famílias e com as legítimas autoridades, permutando todos entre si elementos de juízo, meios educativos e o necessário prestígio, com um escopo comum, que é o bem social;<br />
<br />
c) que a vossa vocação, pode-se dizer, vai além do puramente humano e terreno, fazendo-vos colaboradores do sacerdote e da própria Igreja de Cristo, nessa edificação das almas que tão singularmente podeis promover, da mesma forma que tão dolorosamente poderíeis impedir.<br />
<br />
3. Finalmente, para poderdes levar a termo com satisfação tão altos deveres, será necessário de vossa parte:<br />
<br />
a) uma assídua consagração ao vosso trabalho, sem fugirdes ao sacrifício, inclusive deixando de lado os proveitos e os progressos pessoais;<br />
<br />
b) uma conduta exemplar, porque os vossos pequenos, que não tiram os olhos de cima de vós, aprenderão mais das vossas obras do que das vossas belas palavras; sobretudo da vossa limpeza de vida, do vosso desinteresse, da vossa paciência e da vossa sincera piedade;<br />
<br />
c) um contínuo contato com o Senhor, especialmente por meio da oração e da frequência dos Sacramentos, porque, em coisa tão sublime e tão delicada como é a educação primária das crianças, a parte principal fica reservada à graça do alto.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
[Fonte: Livro Pio XII e os problemas do mundo moderno, tradução e adaptação do Padre José Martins, 1959.]</span>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-13690271149324232842012-01-13T05:38:00.000-08:002012-01-13T05:38:29.606-08:00A Influência da Mídia sobre as Crianças e a Passividade dos Pais<div style="text-align: justify;">As crianças estão se desenvolvendo cada vez mais rápido. Os estímulos hoje em dia são muitos, tanto visuais quanto sonoros, as crianças estão entrando cada vez mais cedo na escola e aprendendo muito rápido. Mas ao mesmo tempo em que as crianças aprendem e se desenvolvem rapidamente, há uma grande influência negativa vindo de muitos desses estímulos. A mídia é uma delas. Seja televisão, rádio e até revistas apresentam coisas a qual as crianças pequenas não deveriam ter acesso. Hoje em dia é quase impossível que as crianças não vejam certas coisas que são vinculadas nos meios de comunicação, pois estão o tempo todo ao seu redor, os pais assistem TV, ouvem rádio, e também na escola as crianças tem acesso a isso, muitas vezes de forma mais educativa, mas mesmo assim não estão livres de estarem em contato com materiais impróprios e principalmente ideológicos haja vista o Kit Gay que quase entrou nas escolas e ainda estão lutando por isso no congresso. <br />
<br />
O fato é que os pais estão muito passivos diante da grande influência que a mídia tem sobre as crianças. Deixam as crianças assistirem de tudo e ouvirem de tudo, tanto que agora se vê crianças cantando o “sucesso” ai se eu te pego e os pais ainda acham bonito. Crianças de até 7 anos ainda não tem caráter formado pra distinguir o certo e o errado. É dever dos pais ensiná-los o que é certo e não deixar que a mídia e o Estado os ensine. Os pais não podem ficar passivos diante do lixo cultural que querem impor aos seus filhos. Esses mesmos pais que deixam as crianças assistirem de tudo, ouvirem de tudo e ainda acham bonito que saiam por aí cantando músicas esdrúxulas, são os mesmos que reclamam porque o filho virou marginal ou a filha virou “piriguete”. É preciso ter firmeza e autoridade com as crianças hoje, ou elas serão “educadas” por outros meios. E aqui um exemplo pra ilustrar o que acontece com as crianças que fazem o que querem e os pais ainda acham bonito.... Pais reajam enquanto há tempo, senão será tarde demais!</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEIjH0ShcsnWpIgX0LzCPK7gjW2RZ2839VQp2la_scARMVMlMfPkxKLP__s3fYW_4b7NqrgGGSnaW9XvO0h8SmvHd8cJoDid8B0twMB1qwkuX2hXVfUgvY_2n-qorlUgwc-J3xsuY9JkrA/s1600/figura.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEIjH0ShcsnWpIgX0LzCPK7gjW2RZ2839VQp2la_scARMVMlMfPkxKLP__s3fYW_4b7NqrgGGSnaW9XvO0h8SmvHd8cJoDid8B0twMB1qwkuX2hXVfUgvY_2n-qorlUgwc-J3xsuY9JkrA/s320/figura.jpg" width="320" /></a></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-78260336549855812362012-01-11T09:13:00.000-08:002012-01-11T09:17:28.482-08:00A Arte da Verdadeira Educação<div style="text-align: justify;"><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por Robert K. Carlson<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Ao descrever as excelências de um aprazível e bem-sucedido College americano, este autor relembra os preceitos clássicos para toda a boa educação, e sobretudo este: um bom ambiente é fundamental para o que há de mais essencial na educação – o aprendizado das virtudes.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;">Recentemente, fui convidado pelo Magdalen College, uma Faculdade católica de Artes Liberais da cidade de Warner, New Hampshire, para falar sobre o tema: Qual é a verdadeira crise moral? Ao voar de volta e pensar sobre a minha estadia ali, reparei que tinha recebido dos estudantes pelo menos tanto quanto procurara dar-lhes – e talvez mais. Magdalen fez-me lembrar de uma verdade perene central que, tal como o pássaro de São Beda, costuma fugir da mente se não se reflete sobre ela: a de que os estudantes não conseguem crescer em solo infértil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao chegar em casa, um amigo perguntou-me se tudo tinha corrido bem. Respondi-lhe que sim: Em Magdalen, o solo era fértil, a semente tinha vida, os agricultores eram fortes, entusiastas e competentes, os estudantes eram dóceis e a colheita foi copiosa. Inspirado nesse solo rico, escrevi uma carta ao Presidente do College, Jeffrey J. Karls, em que resumia a minha experiência:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os seus alunos, criados em boas famílias católicas, foram-lhe confiados pelos pais para se tornarem membros da ampla família de Magdalen – in loco parentis. Como filhas e filhos adotivos, tomaram contacto com a beleza do campus, com a capela de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, com a liturgia e música sacras, com os trajes civilizados, com as boas maneiras e com o ensino excelente – todo o fértil solo de Magdalen. E isso produziu bons frutos. Demonstram-no a caridade e o zelo de sua faculdade em dar o que tem – a sabedoria –, e a docilidade e alegria que os seus estudantes põem na busca dessa sabedoria, como pude observar nas duas aulas que vi serem ministradas, bem como nas conversas que tive com os alunos fora da sala de aula. E tudo acompanhado de muita educação, sinal de verdadeira caridade posta em prática.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Creio que foi G.K. Chesterton quem disse certa vez, naquele seu estilo inimitável, que na educação o ambiente – o solo – é quase tudo. Nisso posso perdoar a Chesterton a sua costumeira tendência ao exagero retórico, pois frisava um ponto importante: de fato, o solo, se não é quase tudo, é pelo menos a coisa mais importante. E o Magdalen College sabe disso: coisa que muitos educadores de hoje esquecem ou, pelo menos, negligenciam.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Contrariamente à opinião de Chesterton, muitos educadores modernos parecem pensar que o ambiente em que se dá a educação aos nossos estudantes conta muito pouco ou nada. A tradição educativa do Ocidente está certamente do lado de Chesterton, ou melhor, ele é que está do lado dela. Começando por Platão, o primeiro grande comentarista da educação, a tradição nos ensina que os estudantes não conseguem desenvolver-se em solo estéril; que o ambiente docampus onde são educados é de primordial importância para que a educação liberal produza o seu fruto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E qual é o fruto próprio da educação liberal? A nossa tradição clássica e cristã nos diz que a educação liberal é a arte de tornar o homem melhor enquanto homem, para que assim possa viver uma vida melhor. É também a arte que possibilita ao homem adquirir as virtudes ou hábitos morais e intelectuais. Essas virtudes são os princípios absolutos e universais que regem a educação enquanto arte: são o significado da sua pretensão de tornar o homem melhor. Pois a educação liberal – do latim líber, livre – prepara a pessoa em função do seu próprio bem, e não apenas para algum trabalho. É a educação de um homem livre, e não de um escravo. Por isso, ao contrário de um escravo, o homem que recebeu essa educação vive por si próprio, no sentido exposto por Marcus Berquist: “compreende interiormente a finalidade da sua vida e a assume na sua própria pessoa”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A educação liberal forma o intelecto e as virtudes intelectuais. Robert Maynard Hutchins, explicando o enfoque tradicional da educação liberal, aponta: “Ao falar de virtudes intelectuais, refiro-me aos bons hábitos intelectuais. Das cinco virtudes intelectuais que os antigos distinguiam, três eram virtudes especulativas: o conhecimento intuitivo, que é o hábito da indução; o conhecimento científico, que é o hábito da demonstração; e a sabedoria filosófica, que é o conhecimento – ao mesmo tempo científico e intuitivo – das coisas de natureza mais alta: os primeiros princípios e as causas. As outras duas virtudes correspondem ao intelecto prático: a arte, que é a capacidade de agir conforme o verdadeiro curso do raciocínio, e a prudência, que é a reta razão quanto ao que se deve fazer”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No entanto, a educação liberal não menospreza a força da vontade – fonte primária da moralidade –, nem, muito especialmente, o cultivo prático das três virtudes morais cardeais – a temperança, a justiça e a fortaleza – que resumem todos os outros valores morais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Embora ao longo da história da educação liberal tenha havido muita discussão quanto ao ensino dessas virtudes morais – como devem ser ensinadas e se, a rigor,podem mesmo ser ensinadas –, há um consenso geral de que o intelecto tem de estar envolvido no cultivo da vontade. Como diz o antigo ditado, o intelecto propõe e a vontade dispõe. Mark Van Doren comenta a propósito da vontade e do intelecto: “Sem capacidade de abstração, ficaríamos ofuscados ao ver as coisas, tal como o homem de Platão quando sai da caverna. O que não vemos é a natureza daquilo que vemos. «Virtude é conhecimento», disse Sócrates, ao explicar que o ignorante não pode ser corajoso, pois a coragem consiste em saber o que se deve e o que não se deve temer. A educação moral nada mais é do que reflexão. O método mais seguro de educação moral consiste em ensinar a pensar. Como dizia Pascal, «trabalhemos, pois, para bem pensar: eis o princípio da moral».</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Consta da declaração de princípios educacionais do Magdalen College que o seu Programa de Estudos se baseia na visão clássica e cristã da educação liberal, em coerência com o dito socrático: uma vida irrefletida não é uma vida digna. Por isso, anuncia que a sua missão é capacitar os estudantes a viverem bem a vida, o que é justamente a finalidade última da educação liberal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Programa foi montado para realizar essa tarefa ajudando os estudantes na aquisição das virtudes intelectuais: como questionar e como participar no discurso racional; como pensar e como aprender; como defender opiniões e como chegar à verdade; como analisar e como sintetizar. Isso, por sua vez, irá prepará-los para as virtudes morais, pois, como acabamos de ver, pensar bem é o princípio da moral.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A tradição classificou a Educação como uma arte cooperativa, juntamente com a Medicina e a Agricultura. Essas artes são cooperativas no sentido de que o professor, o médico e o agricultor cooperam com a Natureza para a consecução de seus fins respectivos: o aprendizado, a saúde e a obtenção dos frutos da terra. A Natureza por si própria é capaz de chegar a essas metas, mas alcança-as melhor através desses artistas, que atuam como instrumentos secundários ao exercerem as suas capacidades.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por causa da semelhança entre ensinar e plantar, o próprio Cristo fez uma analogia entre essas atividades na Parábola do Semeador, a fim de instruir os Seus discípulos na arte que em breve passariam a praticar pregando o Evangelho. A Parábola do Semeador ensina a importante verdade de que, assim como o solo deve ser rico para que a semente lançada pelo semeador crie raízes e produza fruto abundante, da mesma forma o estudante deve ser dócil ao ouvir as palavras de quem ensina para que elas criem raízes e produzam o seu fruto nele: o fruto do entendimento. Cristo diz: e a semente que cai em terra boa são aqueles que ouvem a palavra e a põem em prática, e dão fruto: uns trinta, uns sessenta e outros cem por um.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A tradição ensina que a docilidade é uma virtude moral, um cume entre dois vícios opostos: a subserviência e a indocilidade. O estudante dócil é aquele que tem o nível adequado de respeito pela autoridade do professor, que é quem semeia a palavra. Se o estudante exagerar na sua dependência dessa autoridade corre o risco de simplesmente ouvir a verdade tal e como o mestre a enuncia, e depois confiá-la à memória sem fazer nenhum esforço por compreendê-la por si mesmo. Isto não é ensino: é doutrinação. Por outro lado, se o estudante não respeita a autoridade do professor, não irá sequer escutá-lo e, em conseqüência, permanecerá na ignorância ou no erro. Estes dois vícios conduzem a efeitos negativos bem conhecidos, ao passo que a docilidade – o nível adequado de respeito pela autoridade do professor – conduz à verdadeira educação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Magdalen compreende a docilidade e a valoriza nos seus estudantes. Parte da sua pedagogia consiste em que os alunos leiam os Grandes Livros em pequenas sessões com os professores, nas quais estes procuram fazê-los descobrir a verdade em conversas de estilo socrático. A respeito disso, o programa comenta: Uma vez que viver melhor pressupõe uma busca pessoal dos princípios que integram a nossa existência, os estudantes devem aprender a descobrir e avaliar esses princípios. E o conseguirão na medida em que se fizerem dóceis como as crianças.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas como tornar o aluno dócil às palavras do professor? Deve-se deixar isso inteiramente ao acaso, ou os educadores – tal como os agricultores – devem cultivar cuidadosamente o solo educacional em que se encontram imersos os estudantes, com a intenção de os expor à verdade, ao bem e à beleza, para que assim possam mais facilmente tornar-se receptivos à palavra do professor?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Platão, na República, responde: Não permitamos que os nossos guardados cresçam no meio de imagens de deformação moral, como ocorre em certos pastos ruins, e ali mordisquem e comam, dia após dia e pouco a pouco, ervas e flores prejudiciais e venenosas, até acumularem silenciosamente uma massa de podridão que fermenta nas suas almas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Platão afirma além disso que os educadores, tal como os artistas, devem produzir por meio da razão o rico solo em que os seus educandos podem absorver a graça e a beleza verdadeiras e o bem em todas as coisas. Então a beleza moldará a sua alma desde os primeiros anos, em conformidade e harmonia com a beleza da razão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E o que pressagia esse rico solo para o estudante cuja alma foi moldada em conformidade e harmonia com a beleza da razão, e que por isso mesmo está apto para uma verdadeira educação? Quem for educado num ambiente onde se cultive corretamente a verdade, o bem e a beleza, argumenta Platão, adquirirá bom gosto nas artes, tornar-se-á nobre e bom, e saudará a sua amiga , com quem convive desde há muito tempo graças à educação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em poucas palavras: pela influência desse rico solo, o estudante tornar-se-á dócil, ou seja, capaz de ser ensinado. Conseqüentemente, não somente respeitará a sua “amiga razão”, mas também o representante dela – o professor –, que deposita a semente na sua alma para que aí lance raízes e produza frutos de sabedoria. Vê-se portanto que Platão e a tradição confirmam aquilo que Chesterton diz e que o Magdalen sabe: que na educação o solo é realmente o mais importante. Descrevendo o seu ambiente educativo, o College articula essa verdade perene: “Na sala de aula, espera-se que haja respeito para com todas as pessoas e uma vigorosa busca da verdade. Nas atividades em comum, todos são convidados a participar e os estudantes podem crescer nas virtudes enquanto se divertem e convivem com os colegas. No refeitório praticam-se as boas maneiras e o serviço ao próximo. As residências conservam-se limpas e em ordem, e dá-se incentivo aos bons hábitos de estudo. Por toda parte, vão-se formando verdadeiras e duradouras amizades e consegue-se obter um sólido rendimento acadêmico”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos tempos que correm, e em que esses conceitos são freqüentemente esquecidos, é animador saber que há um pequeno College de Artes Liberais que responde ao apelo do Coração da Igreja (Ex Corde Ecclesiae) e o põe em prática. Magdalen é um diamante aos pés do monte Kearsarge, em Warner, cidade de New Hampshire.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: The New Oxford Review</div><div style="text-align: justify;">Tradução: Quadrante<br />
<a href="http://www.quadrante.com.br/artigos_detalhes.asp?id=7&cat=3&pagina=1">http://www.quadrante.com.br/artigos_detalhes.asp?id=7&cat=3&pagina=1</a> <br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-57517232131922504882012-01-09T16:47:00.000-08:002012-01-09T16:47:22.452-08:00Ótima Palestra sobre Educação Católica de Profesora Ivone Fedeli<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/W9f0NGtg3QM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-63063400516512880872012-01-09T16:10:00.000-08:002012-01-09T16:10:11.340-08:00Educação Sexual nas Escolas<span style="color: #339900; font-family: Bertram; font-size: x-large;"></span><br />
<div align="center"><span style="font-size: medium;"><br />
<span style="font-family: Comic Sans MS;">Frei Estevão Nunes </span></span></div><br />
<span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><br />
1) Se você analisar bem a anatomia do corpo humano,, vai notar uma diferença fundamental entre o<br />
corpo do homem e o corpo da mulher. Ossos, músculos, localização das gorduras,produção e distribuição dos hormônios, tudo no corpo da mulher é endereçado para a geração da prole, no corpo do homem para o trabalho de sustentação da mesma.</div></span><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Maravilha da criação, os órgãos sexuais mais do que tudo são evidentemente endereçados para a geração da prole e a continuação da espécie. Anatomicamente feitos um para o outro, encaixam-se perfeitamente, e o funcionamento deles é um verdadeiro milagre. O uso do sexo provoca um enorme prazer, o maior conhecido pelo ser humano, e o orgasmo é comparado a um êxtase.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ora, o sexo usado de modo natural, sem interferências artificiais, pode levar à concepção de um novo ser. Esta é a sua finalidade de acordo com a natureza. A gravidez é conseqüência natural do ato sexual. São nove meses de um desenvolvimento linear miraculoso, em direção ao parto. Interromper a gravidez pelo aborto, em qualquer fase deste desenvolvimento, é um crime hediondo e absurdo, é interromper a vida de um ser humano totalmente inocente e indefeso. O direito à vida é absoluto.<br />
Passados os nove meses, a criança que nasce precisa de uma família. O animal que nasce precisa da mãe só para se alimentar, não precisa do pai; desmamado, nem precisa mais da mãe, porque não precisa aprender nada, o instinto se encarrega de levá-lo a agir como todos os seus semelhantes; o animal não progride. A criança é diferente; ela é totalmente dependente em tudo, e para crescer tranqüila, pacífica, equilibrada, precisa de um ninho tranqüilo, pacífico e equilibrado. A figura materna e a paterna são complementares e essenciais. Por isso a criança exige família, precisa da família, por anos e anos. E quem nasce ou cresce fora do contexto familiar, vai levar as conseqüências para o resto da vida. A família é instituição para durar.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Mas a família verdadeira é constituída pelos laços do amor que unem um homem e uma mulher. E que pela natureza das coisas deve ser duradouro, pois família é instituição para durar. Amar porém não é simplesmente "gostar de...", pois o "gostar de..." é muito egoísta: você gosta de algo que dá prazer e satisfação a você mesmo, não ao outro. Amor é doação de si para a felicidade do outro, o que implica renúncia e sacrifícios. A família de verdade é fundamentada no juramento de amor exclusivo e definitivo, que nós chamamos casamento.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">2) Dado que o sexo praticado de modo natural, sem interferências artificiais, leva à concepção e <br />
tem como conseqüência a geração de um novo ser, a gravidez, deduz-se que esta é a sua finalidade natural, existe para isto, é isto que lhe dá sentido e o torna nobre, humano de verdade. O prazer é apenas um contrapeso, diante da enorme responsabilidade de por um novo ser no mundo e levá-lo até a idade adulta. Sem o contrapeso, ninguém abraçaria o peso, e o mundo terminaria em uma só geração. </span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Existe o instinto sem dúvida, mas o ato tem que ser humano e não motivado pelo instinto. Por isso, fazer do prazer a finalidade do ato e praticar sexo só por prazer, é estragá-lo, degradá-lo ao nível dos animais que agem só por instinto , desvirtuá-lo de sua finalidade e destruir a sua nobreza. Pior ainda que os animais, para os quais o instinto sexual tem como finalidade só a conservação da espécie, e não exige o contexto de amor de família, de que eles não são capazes. Os animais só praticam o sexo na época do cio. Os seres humanos não têm época do cio, porque são capazes de amar, e o amor é sempre e não só de vez em quando.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Praticar o sexo fora desse contexto de amor juramentado e definitivo, que se chama casamento, só pode ser egoísmo, puro egoísmo, pois é fazer do corpo do parceiro ou parceira um objeto de prazer e nada mais, é usar o outro como coisa. Isso é pisar em cima da dignidade da pessoa humana. Pessoa não é coisa.<br />
<br />
3) A própria natureza se vinga, e aí temos a epidemia de AIDS, como conseqüência do uso do sexo <br />
fora dessas normas. Sem dúvida é um castigo. Veja a carta de São Paulo aos Romanos, 1,26-27. <br />
Há apenas um método 100% eficaz contra a AIDS: para os solteiros é a castidade, ou seja não praticar o sexo; para os casados é a fidelidade. Nestas condições, ninguém precisa ter medo de pegar a maldita doença.</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Tem gente dando risada do que estou dizendo, porque essa sociedade podre que está aí - sobretudo a televisão através das novelas - fez a cabeça de quase todo mundo. Avacalhou (coitada da vaca, não tem nada a ver com a história!) o sexo, e aí estão as conseqüências: a epidemia de AIDS e a epidemia de adolescentes grávidas, nem física nem psicologicamente preparadas para serem mães. Coitadas dessas crianças (tanto os filhos quanto as mães) no futuro. Mais sem vergonha ainda são os rapazes, que não vão carregar as conseqüências porque não assumem. </span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">4) Mas preservativo não resolve. Todos têm a sua margem de risco, pois nenhum é 100% eficaz. <br />
Todos podem falhar. Se você fosse viajar de avião, e o piloto lhe dissesse antes: "olha, o avião está nestas condições, e temos 95% de possibilidade de chegar e 5% de possibilidade de cair durante a viagem", você embarcaria? Assim é a camisinha, e qualquer outro preservativo. Você poderia estar dentro daqueles 5%, não acha? Além do mais, "você chupa bala com o papel?"</span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Conclusão. Assim respondo de uma vez a todas as perguntas. O pensamento da Igreja, que eu <br />
abraço com total convicção, é este: O aborto é um crime absurdo, a prostituição é um absurdo desprezo pela dignidade do ser humano, a gravidez de uma adolescente é uma absurda conseqüência de atos fora de tempo e de contexto, a distribuição de camisinhas é uma forma absurda de querer evitar o mal sem tocar na raiz, essa libertinagem no uso do sexo é uma conseqüência absurda das influências absurdas da televisão e da falta de uma verdadeira educação sexual nas famílias e nas escolas. Educação sexual que não ensina a nobreza do sexo e se limita apenas a informações sobre o funcionamento dos órgão sexuais é outro absurdo. No fundo, falta amor e sobra egoísmo. O castigo está aí!</span></div><br />
<a href="http://www.dominicanos.org.br/textos/artigos/estevao/educacao.htm">http://www.dominicanos.org.br/textos/artigos/estevao/educacao.htm</a>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-42081374661806859562012-01-05T06:32:00.000-08:002012-01-05T06:32:12.695-08:00Paulo Freire e Catolicismo<h1><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;">Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”</span></h1><br />
<span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">D. Estevão Bettencourt, OSB</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Nº 254 – Ano 1981 – Pág. 65.</span></div><br />
<div class="MsoNormal"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">(via Prof. Felipe Aquino) </span></div><br />
<h2 style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;">O MÉTODO PAULO FREIRE EM DEBATE</span></h2><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Em síntese: </span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">O método Paulo Freire de alfabetização é muito mais do que uma técnica de aprendizagem. Como o próprio autor o reconhece, é uma forma de despertar a consciência da população simples para a dualidade de opressores e oprimidos que caracteriza a sociedade atual, segundo P. Freire e outros pensadores. Mediante </span></i><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">palavras geradoras </span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">o estudioso visa a suscitar na gente oprimida a conclusão de que é necessária a luta de classes. Assim a pedagogia se torna pregão político revolucionário. Ademais P. Freire tenciona extinguir a diferença entre mestre e discípulos, pois “ninguém educa ninguém nem ensina coisa alguma a alguém”. A escola passa, consequentemente, a se chamar “círculo de cultura”. Neste a educação é libertadora, problematizadora, e não domesticadora, bancária ou alienante.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Ora tal sistema deve ser reconhecido como politizante em sentido esquerdista. P. Freire, exilado do Brasil, tem colaborado com Governos de tendência marxista. Além do quê, é de notar que, embora professe não querer ensinar coisa alguma, o mestre, segundo P. Freire, tem o objetivo predefinido de levar os educandos a posições revolucionárias. Os textos citados no decorrer do artigo ilustrarão e desenvolverão quanto é dito nesta síntese.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Comentário: </span></b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Paulo Freire, pensador pernambucano, ensinou na Universidade Federal de Pernambuco, onde dirigiu o Centro de Extensão Cultural. Mais tarde desempenhou a função de Consultor para Assuntos de Educação no Ministério de Educação e Cultura. Em 1962 fundou um movimento de educação popular no Nordeste. A revolução de 1964 levou-o a deixar o Brasil; foi então contratado pela UNESCO para servir em Santiago do Chile, onde trabalhou a formulação do Plano de Educação em Massa durante o Governo Eduardo Frey e sob Salvador Allende. Tornou-se membro da cúpula do Conselho Mundial das Igrejas e professor visitante da Universidade de Harvard (U.S.A.). Foi convocado pelo novo Governo de Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé como assessor em assuntos de educação. Atualmente tenciona voltar ao Brasil, onde exerce grande influência não somente através de suas obras, mas também através de comentários dessas obras.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Tem-se discutido a respeito do método de alfabetização concebido por Paulo Freire; especialmente a sua filosofia tem sido controvertida. Eis por que proporemos abaixo as grandes linhas do sistema Paulo Freire, às quais seguirão algumas ponderações.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> </span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">O sistema Paulo Freire</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana";">Examinaremos: 1) a tese fundamental de Paulo Freire; 2) as técnicas libertadoras dos “Círculos de cultura”; 3) o papel atribuído por P. Freire à Igreja.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.1. A tese fundamental de Paulo Freire</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";">O método de alfabetização de Paulo Freire é muito mais do que uma técnica para ensinar a ler; é, sim, a transmissão de uma filosofia de vida, que passamos a expor.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Parte da afirmação de que a sociedade contemporânea se apresenta em permanente conflito de forças contrárias umas às outras; a superação de cada atrito gera novo atrito. Essas forças antagônicas são designadas pelos termos “opressores” e “oprimidos”, sendo, em última instância, opressores os que possuem os meios de produção, e oprimidos os que não os possuem, mas oferecem o trabalho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> A situação de conflito em que vive a sociedade, não será superada por reformas ou por melhoramento das condições de vida dos trabalhadores; as reformas, em última análise, atenuam as tensões e diminuem as disposições de luta por uma transformação radical.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Ora, segundo Paulo Freire, a almejada transformação radical da sociedade exige um processo de educação das massas que as habilite a tomar consciência ou a conscientizar-se¹ da sua condição de oprimidos e as leve a empreender a sua libertação. Tal educação chama-se <b>libertadora</b>. Na educação libertadora, portanto, visa a despertar as consciências para que se movam em prol de uma sociedade nova, isenta de opressões.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">A educação libertadora é, essencialmente, <b>problematizadora</b>: não deve trazer certezas nem suscitar segurança, mas, sim, levantar problemas e aguçar as tensões, a fim de provocar conflitos transformadores. A educação que não seja problematizadora e conflitiva, vem a ser puro assistencialismo, invasão cultural e alienação. – Sem educação libertadora torna-se inútil qualquer reforma das estruturas sociais, ainda que violenta e armada, pois a antiga ideologia permanece latente e pode ressurgir, restaurando as estruturas opressoras na sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">É na base destas premissas que Paulo Freire apregoa a alfabetização; esta é, como dito, mais do que um método de aprendizagem da leitura, pois está inseparavelmente associada ao intuito de fazer do alfabetizando um agente revolucionário.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">É isto que leva a dizer que Paulo Freire não tem apenas preocupações pedagógicas, mas é também movido por intenções políticas. Aliás, um repórter do <b>Jornal da República</b> de Recife, aos 31/08/79, interrogou Paulo Freire, de passagem pelo Brasil, a respeito de eventual filiação a partido político; ao que respondeu o mestre: “Faço política através da pedagogia”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Escreve também Paulo Freire:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">“A conscientização, associada ou não ao processo de alfabetização,... não pode ser blá-blá-blá alienante, mas um esforço crítico de desvelamento da realidade, que envolve necessariamente um engajamento político” (</span></i><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Ação Cultural para a Liberdade, </span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">p. 109).</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">“A educação libertadora não pode ser a que busca libertar os educandos de quadros negros para oferecer-lhes projetores. Pelo contrário, é a que se propõe, como prática social, a contribuir para a libertação das classes dominadas. Por isto mesmo é uma educação política, tão política quanto a que, servindo às classes dominantes, se proclama contudo neutra” (ib. p. 110).</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;"><strong>Vejamos agora de mais perto em que consistem</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2. As técnicas dos “círculos de cultura”</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";">O conceito de educação libertadora derivado das premissas de Paulo Freire</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">- não significa transmissão de hábitos bons ou virtudes pelas quais o homem faça reto uso das suas faculdades, ordenadas segundo a razão, como propunha Aristóteles (+ 322 a.C.) em sua <b>Ética a Nicômaco...</b></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";">- nem significa ensinar a raciocinar e pensar, para que a criança, o adolescente e o adulto cresçam em ciência e saber.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Estas diversas acepções de educação, segundo Paulo Freire constituem o que ele chama <b>“educação domesticadora, bancária ou alienante”. </b> Supõem um mestre que tenha conhecimentos verídicos e hábitos bons e comunique o seu cabedal ao educando como sendo valores e padrões válidos para este. Tal tipo de educação, diria o pensador pernambucano, é fruto das estruturas sociais de dominação e opressão e só serve para consolidar e perpetuar esta realidade vigente. A educação domesticadora mantém a diferença de classes, supondo que haja quem tenha saber e quem não o tenha, quem deva falar para ensinar e quem deva ouvir para aprender.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Paulo Freire explica em termos veementes o adjetivo “bancária” aposto ao tipo de educação que ele não aceita:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">“Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta... equivocada concepção “bancária” da educação. Arquivados, porém, porque, fora da busca, fora da </span></i><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">praxis</span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> os homens não podem ser.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a absolutização da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro” (</span></i><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Pedagogia do Oprimido, </span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">p. 67).</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";">A educação “bancária” ou “domesticadora” desumaniza, segundo P. Freire.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Que vem a ser, pois, a educação “libertadora” ou “problematizadora”, que P. Freire propõe em lugar da clássica maneira de educar?</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.1. Educador-educando</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">A educação, segundo o pensador pernambucano, apaga a distinção entre educador e educando. Em vez de falar de “educador do educando” e de “educando do educador”, falará de <b>“educador-educando” </b>e <b>“educando-educador”.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana";">“O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando, que, ao ser educado, também educa. Ambos assim se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os “argumentos de autoridade” já não valem...</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Já agora ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. Mediatizados pelos objetos cognoscíveis, que, na prática “bancária”, são possuídos pelo educador, que os descreve ou os deposita nos educandos passivos” (</span></i><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Pedagogia do Oprimido, </span></b><i><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">p. 78s).</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.2. Problemas e crítica</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";">Em vez de transmitir certezas ou verdades seguras, a educação segundo P. Freire</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">- <b> levanta problemas, </b> apresenta desafios, mostrando o homem inserido no mundo e necessitado de acabamento;</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">- <b> suscita atitudes críticas ou rebeldes </b> em relação à realidade vigente:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“A educação problematizadora ... é futuridade revolucionária. Daí que seja profética e, como tal, esperançosa. Daí que corresponda à condição dos homens como serem históricos e à sua historicidade... Daí que se identifique com o movimento permanente em que se acham inscritos os homens, como seres que se sabem inconclusos” (Pedagogia do Oprimido, p. 84).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1cm;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Círculo de cultura</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Por isto também Paulo Freire já não quer usar a palavra “escola”, mas, sim, a expressão “círculo de cultura”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“A liberdade é um dos princípios essenciais para a estruturação do “circulo de cultura”, unidade de ensino que substitui a “escola” autoritária por estrutura e tradição. Busca-se no círculo de cultura, peça fundamental no movimento de educação popular, reunir um coordenador a algumas dezenas de homens do povo no trabalho comum pela conquista da linguagem. O coordenador, quase sempre um jovem, sabe que não exerce as funções de professor e que o diálogo é condição essencial de sua tarefa – a de coordenar, jamais intuir ou impor” (Educação como prática da liberdade, p. 5).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.4.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Diálogo. Conteúdo programático</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> A educação, segundo P. Freire, recorre permanentemente ao <b>diálogo</b>. É no diálogo que o educador-educando e o educando-educador vão descobrindo os problemas e tentando renovar a sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">O diálogo compõe-se de palavras. Ora a palavra, para Paulo Freire, tem significado muito especial. Sim; há nela duas dimensões: a ação e reflexão, solidárias entre si; não há palavra verdadeira que não seja <b>praxis</b>; daí dizer-se que a palavra verdadeira seja <b>transformar o</b> <b>mundo</b> (cf. Pedagogia do Oprimido, p. 91).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Estas afirmações de Paulo Freire não podem deixar de recordar as de Karl Marx: “Até aqui os filósofos não fizeram mais do que interpretar o mundo; trata-se agora de transformá-lo” (Tese sobre Feuerbach).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">É através do diálogo que se elabora o conhecimento programático da educação; este não é concebido e formulado previamente pelo mestre, mas é descoberto mediante o intercâmbio realizado no grupo. Escreve P. Freire :</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“Para o educador-edicando, dialógico, problematizador, o conteúdo programático da educação não é uma doação ou uma imposição – um conjunto de informes a ser depositado nos educandos, mas a devolução organizada, sistematizada, e acrescentada ao povo, daqueles elementos que este lhe entregou de forma inestruturada” (Pedagogia do Oprimido, p. 98).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">E. P. Freire, a propósito, cita Mao-Tsé-Tung:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“Você sabe que, há muito, venho proclamando: Temos que ensinar às massas com precisão o que delas recebemos com confusão” (ib. p. 98).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.5.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Palavras geradoras</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Para elaborar com o povo o programa de educação, o educador revolucionário procurará com o povo palavras geradoras, isto é, palavras mais usuais, relevantes e evocadoras na linguagem popular; são palavras carregadas de experiência vivida e decisivas, como, por exemplo, favela, tijolo, trabalho, roupa, feijão, jarro, latifúndio ... Estes vocábulos são úteis não apenas à análise das letras e dos fonemas, mas também à reflexão sobre a realidade cotidiana em que está imerso o povo, pois geram aspirações, decepções e expectativas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Estas palavras geradoras são escritas em cartazes ou apresentadas em dispositivos; os membros dos círculos de culturas, reunidos eventualmente em uma casa de família, discutem tais vocábulos para decodificar a situação existencial que eles codificam, e para descobrir as causas e as conseqüências sócio-políticas de tal situação.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">As palavras geradoras tornam-se, nos cursos mais evoluídos, temas geradores de debates para todos os participantes do círculo de cultura. Mais importante do que a decomposição analítica das sílabas e letras que constituem a palavra geradora, é a discussão sobre a situação desafiadora que tal palavra exprime.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.2.6.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Revolução</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> O fruto dessa educação dialógica e crítica há de ser, segundo P. Freire, uma revolução cultural, revolução que se oporá à invasão cultural. Com efeito, os opressores tendem a impor a sua cultura aos oprimidos, praticando assim uma invasão cultural, que, aliás, os próprios oprimidos tendem inconscientemente a aceitar; sim, os oprimidos têm, não raro, medo da liberdade; por isto tendem a conservar os padrões culturais e os mitos que os opressores lhes incutem.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Em conclusão, verifica-se que o método educacional de Paulo Freire está essencialmente vinculado a uma ideologia, isto é, a uma visão filosófica que tende a transformar a sociedade, induzindo nesta uma autêntica subversão. É o próprio Paulo Freire quem o afirma numa entrevista publicada em “Veja” (20/06/79); o repórter aventou a hipótese de que a educação de Freire fosse um método “assexuado”, neutro, descomprometido com qualquer ideologia. Ao que P. Freire respondeu :</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">“Quem disse isso, ou não entendeu nada ou está de má-fé. Em meu método, parte-se do conhecimento do meio em que se vai desenvolver a experiência de educação. Toma-se em consideração o universo vocabular do grupo em questão, as palavras que são utilizadas todos os dias e que exprimem a vida cotidianas daquelas populações. Desse universo vocabular são escolhidas as palavras geradoras. Estas palavras encontram em si os temas de discussão que deverão corresponder aos interesses dos alfabetizados e deverão constituir o primeiro passo, por meio da discussão em grupo, em direção a uma tomada de consciência individual e coletiva dos problemas discutidos. Esse aspecto puramente mecânico poderá ser utilizado por qualquer pessoa: tirar uma palavra geradora de um universo vocabular também pode ser feito por alguém que pretenda mistificar a realidade e a consciência dessa realidade. De minha parte, o conhecimento de uma realidade, que vai sendo construído pouco a pouco a partir da experiência dos alfabetizandos, está intimamente ligado à consciência crescente da capacidade de mudar essa realidade. Conhecer para transformar, é este o objetivo. O que ficou sendo conhecido como Método de Alfabetização Paulo Freire, não é algo que se possa reduzir a um aprendizado meramente lingüístico. Trata-se de aprender a ler a realidade – conhecê-la – para em seguida poder reescrever essa realidade – transformá-la”.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1.3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Paulo Freire e a Igreja</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Paulo Freire não é hostil ao Cristianismo em seus escritos. Ao contrário, apregoa a participação da Igreja Católica no processo educacional problematizador. Para tanto, distingue três tipos de Igreja :</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1) <b>A</b> <b>Igreja tradicionalista,</b> que, segundo Freire, está associada às camadas dominantes. O pensador pernambucano desfigura a Igreja no sentido clássico, fazendo eco, de certo modo, aos dizeres de Karl Marx sobre “a religião ópio do povo’ Cf. Pedagogia do Oprimido, pp. 116s.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2) <b>A Igreja modernizante,</b> adepta do desenvolvimento econômico. Esta, embora pareça diferir da anterior, entretêm a dependência dos oprimidos e não se empenha pela real libertação das massas, isto é, não colabora com os movimentos de revolução social; defende as reformas estruturais e não a transformação radical das estruturas; fala em “humanização do capitalismo”, e não em suta total supressão. Cf. Pedagogia do Oprimido, pp. 118-124.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">3) <b>A Igreja profética.</b> Esta “recusa os paliativos assistencialistas, os reformismos amaciadores, e se compromete com as classes sociais dominadas para a transformação radical da sociedade” (Pedagogia do Oprimido, p. 124). Rejeita toda forma estática de pensar; sabe que, para ser, tem de estar sendo; sabe igualmente que não há um “eu sou”, um “eu sei”, um “eu me liberto”, um “eu me salvo”, como não há um “eu te dou conhecimento, um “eu te liberto”, um “eu te salvo”, mas pelo contrário um “nós somos”, um “nós sabemos”, um “nós nos libertamos”, um “nós nos salvamos”. Este tipo de Igreja propugna a chamada “teologia da libertação, profética, utópica, esperançosa”, optando pela transformação revolucionária da sociedade e não pela conciliação dos inconciliáveis.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Para Paulo Freire, a única atitude autêntica do cristão é a profética, pois quem não se compromete com os oprimidos se compromete com os opressores.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Perguntamo-nos agora:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Que dizer ?</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Não podemos salientar a intenção fundamentalmente reta de Paulo Freire, que se preocupa com as massas e o proletariado, visando à promoção dessa parte das populações do Terceiro Mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Também não desconhecemos o valor do respeito à liberdade que Paulo Freire propugna, rechaçando qualquer tipo de sufocação da personalidade e dos direitos das pessoas mais humildes.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">A defesa de valores humanos torna certas páginas de Paulo Freire simpáticas a quem as aborda pela primeira vez. Todavia uma leitura mais atenta dos seus escritos evidencia, nos mesmos, traços incompatíveis com as autênticas concepções cristãs.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.1.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Os princípios de Freire</span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Merecem atenção especial os seguintes princípios de Paulo Freire:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">1) O pensador pernambucano professa a subordinação do conhecimento e da palavra à transformação do mundo ou à praxis:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“A mera captação dos objetos como das coisas é um puro dar-se conta deles e não ainda conhecê-los” (Extensão ou Comunicação, p. 28).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana";"><span style="font-size: x-small;">“O homem não pode ser compreendido fora de suas relações com o mundo ... O homem é um ser da praxis ... Não há possibilidade de dicotimizar o homem do mundo, pois que não existe um sem o outro” (ib.)</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Tais frases lembram os princípios do marxismo, que limitam as aspirações do homem à transformação deste mundo e ignoram o valor do conhecimento como apreensão da verdade, qualquer que seja a índole desta. Não se pode dizer que a eficácia transformadora do conhecimento seja o critério da autenticidade do conhecimento. Nem se pode fazer da repercussão política e social de determinada proposição o critério do valor de tal proposição.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">A realidade ou a extensão do ser é mais ampla do que o âmbito do sócio-econômico-político. Por isto há enorme valor em conhecer também as verdades que não se prendam diretamente ao político; há verdades de ordem especulativa, que não alienam necessariamente o homem, mas o podem habilitar a ser mais sábio transformador deste mundo. A filosofia cristã sempre professou o primado do <b>Logos</b> (do conhecimento como tal, teórico ou prático). Sobre a praxis; esta decorre daquele, e não vice-versa.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2) A crítica ou a problematização não pode ser o primeiro passo da inteligência. Esta foi feita para a verdade como tal, ou seja, para reconhecer e afirmar a verdade; foi feita, antes do mais, para o <b>Sim</b>. O <b>Não</b> ou a contestação só tem sentido se proferido em função de um Sim anterior. É preciso, pois, antes do mais, que a inteligência se disponha a apreender a verdade como tal numa atitude otimista e confiante; só depois disto poderá ela com fundamento dizer Não à Não-verdade ou à Não-autenticidade. A problematização como princípio de “educação” pode deformar os hábitos do educando; é não raro a expressão de neurose mórbida, que leva a atitudes doentias.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Educação domesticadora x Educação libertadora</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> A antítese acima, estabelecida por P. Freire, é artificial por três motivos:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.2.1. Memorização x conhecer</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Conforme P. Freire, a educação domesticadora se identifica com memorização, ao passo que a libertadora propicia conhecimento (cf. Pedagogia do Oprimido, p. 79). Ora tal antítese é insustentável, porque o ser humano, dotado de inteligência como é, é sempre propenso a raciocinar e mesmo a criticar as noções que receba dos mestres.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Note-se também que será sempre necessário decorar tabuada, nomes de capitais, rios, datas da história ... (infeliz o cidadão que não saiba de cor tais elementos!), P. Freire o reconhece, mas julga que, além da memorização, deve haver na escola uma doutrinação filosófica de ordem politizante e marxista, de modo a atirar classe social contra classe social. E nesta doutrinação que consiste a novidade da educação libertadora ou problematizadora. E é precisamente esta doutrinação que faz do método P. Freire algo mais do que um sistema educacional, tornando-o instrumento de política partidária ou de infiltração esquerdizante nas massas populares. Quem aceitou o método Paulo Freire, aceitará consequentemente a luta de classes na sociedade e a revolução armada de inspiração marxista.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Note-se também que em nossos dias os métodos de aprendizagem recorrem às técnicas audiovisuais, à análise e à indução. O aluno é chamado a participar de seminários e fazer pesquisas (na medida em que ele o possa e queira). Os responsáveis pela educação em alguns lugares costumam também ouvir os alunos (ou os pais dos alunos) a respeito de grandes decisões a ser tomadas na escola.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.2.2.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Educação libertadora também é domesticadora</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> A educação libertadora proposta por Paulo Freire não deixará de ser também domesticadora<sup>1</sup> . Com efeito, diz o próprio mestre que não há ciência nem técnica assexuada ou neutra, mas que tanto a ciência quanto a técnica estão condicionadas histórico-socialmente (cf. Extensão ou Comunicação?, p. 34). Isto significa que na educação libertadora o educador não pode deixar de dirigir e manipular; ele tem um objetivo pré-definido e se empenha por atingi-lo, pois quer que a turma chegue a atitudes críticas e acirradas. A escolha das palavras geradoras, embora se faça por sugestão do grupo, não pode deixar de estar sob a responsabilidade última do coordenador; o mesmo se diga em relação ao debate sobre tais palavras, que, em última instância, é conduzido pelo mestre para que chegue à conclusão de que tal grupo é explorado e oprimido a ponto de ter que se insurgir violentamente contra os seus opressores. Em outras palavras: o sentido da conscientização já está de antemão definido. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.2.3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">O nivelamento de educador e educando</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"></span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> Não há dúvida de que todo mestre há de ser aberto à aprendizagem de novas e novas verdades, como também à reformulação de seus conceitos; o progresso no saber é-lhe muitas vezes ocasionado pelo convívio com os próprios alunos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Isto, porém, não quer dizer que o professor se deva julgar tão educando quanto o próprio discípulo. Um tal esvaziamento do conceito de mestre vem a ser nocivo aos alunos, pois estes precisam de sentir firmeza e segurança no seu orientador. A profissão da verdade deve ser efetuada com desassombro e sem subterfúgio, mas também com humildade. Pelo fato de ter descoberto a verdade sobre tal ou tal assunto, o mestre é devedor em relação aos seus alunos, e deve pagar-lhes a dívida, comunicando e demonstrando a verdade; proponha os pontos certos e indubitáveis como certos, e os pontos ainda discutíveis como discutíveis. Esta oferta da verdade, longe de ser desrespeito ao próximo, é precioso serviço prestado ao mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Por isto também não se pode aceitar a frase: “Ninguém educa ninguém” (Pedagogia do Oprimido, p. 79). Na verdade, os homens são dependentes uns dos outros para eduzir (educere </span><span style="font-family: "Symbol"; font-size: 12pt;">></span><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> educar) as virtualidades latentes no seu íntimo. Em geral, são os pais, no lar, e os mestres, na escola, que educam os mais jovens; afirmar isto não significa “estar a serviço de algum sistema político opressor”. O desempenho da autoridade não é algo de vergonhoso que se deva banir, mas, ao contrário, é um serviço que não se pode extinguir e que faz eco às palavras de Cristo: “O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">2.3.<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 400 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></b><b><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Igreja e libertação</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"> P. Freire distingue entre Igreja tradicional, Igreja modernizante e Igreja profética; só aceita esta última porque toma o partido revolucionário dos oprimidos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">Na verdade, existe uma só Igreja, embora possa haver diversas atitudes de cristãos. A única Igreja de Cristo interessa-se, sem dúvida, pela pólis e pela arte de a reger (política), pois Cristo lhe confiou a tarefa de apregoar o Reino de Deus neste mundo. Todavia a Igreja não pode, como tal, exercer política partidária ou participar de ação subersiva marxista. O S. Padre João Paulo II o lembrou sobejamente durante a sua estada no Brasil e de novo o disse em carta escrita aos Bispos do Brasil em dezembro de 1980, carta da qual extraímos os seguintes tópicos:</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;">“Através de minha viagem pelo Brasil eu quis reafirmar a convicção primeira, profundamente erraizada em meu espírito, de que a Igreja é portadora de uma missão essencialmente religiosa, e cumprir essa missão é seu dever prioritário ...</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;">É certo que a missão da Igreja não se confina nas atividades de culto e no interior dos templos ...</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: x-small;">Mas não é menos certo que a Igreja perderia sua identidade mais profunda – e, com a sua identidade, a sua eficácia verdadeira em todos os campos – se sua legítima atenção às questões sociais a distraísse daquela missão essencialmente religiosa que não é primordialmente a construção de um mundo material perfeito, mas a edificação do Reino que começa aqui para manifestar-se plenamente na Parusia ... A Igreja cometeria uma traição ao homem se, com as melhores intenções, lhe oferecesse bem-estar social, mas lhe sonegasse ou lhe disse escassamente aquilo a que mais aspira (por vezes até sem o perceber), aquilo a que tem direito, que espera da Igreja e que só ela lhe pode dar” (extraído do JORNAL DO BRASIL, 7/01/81, 1º cad. P.4).</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">De resto, a divisão da sociedade em duas classes – a dos opressores e a dos oprimidos – é artificial e injusta. Há muitos cidadãos que, numa perspectiva marxista, seriam colocados entre os opressores, mas que nada fazem por oprimi; não é o fato de não participar de movimentos subversivos que torna o cidadão opressor.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">São estas algumas ponderações que desejamos propor à margem dos escritos de Paulo Freire, tentando evidenciar que, apesar das aparências, servem a uma ideologia não cristã e, por isto, não são cartilha para o educador católico.</span><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;"><o> </o></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 42.55pt;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Verdana"; font-size: 12pt;">_________________</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><i><sup><span style="font-family: "Verdana";">1</span></sup></i><i><span style="font-family: "Verdana";"> Paulo Freire é o primeiro a aplicar as palavras “conscientizar” e “conscientização” ao setor da pedagogia. Com seu conteúdo vernáculo específico, tais vocábulos foram introduzidos no vocabulário de idiomas como o francês e o alemão, tidos como intensos à aceitação de neologismos.</span></i></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><i><sup><span style="font-family: "Verdana";">1</span></sup></i><i><span style="font-family: "Verdana";"> Melhor seria não usar tal vocábulo, que é pejorativo e caricatural. Preferimos dizer: “educação diretiva e orientadora”.</span></i></span></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-17101620793213428732011-12-28T06:43:00.000-08:002011-12-28T06:43:06.801-08:00A PLC122 e o Kit Gay nas EscolasEsses assuntos estão sendo muito discutidos nos últimos momentos e é pertinente que sejam tratados neste blog também. É incrível como o governo, ao mesmo tempo em que quer impedir que os pais eduquem a crianças com umas "palmadas" de vez em quando, quer enfiar goela a baixo a ideologia gay na cabeça das crianças através do kit gay nas escolas. Esse kit não quer apenas ensinar a respeitar os homossexuais mas incentivar a própria pratica homossexual. O movimento gay quer fazer mais adeptos para sua causa e destruir a família tradicional. O governo já gastou milhões na produção desse vídeo e em breve eles poderão ser distribuídos nas escolas. Ainda não foram porque a grande maioria da população é contra e sabe o estrago que isso iria causar a nossas crianças. O vídeo do deputado Jari Bolsonaro explica bem o que esse kit gay pretende fazer nas escolas:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/gNJKJLCPrT4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
Tudo começou por conta da PC122 que é a lei anti-homofobia. Não é necessário explicar tanto sobre ela pois já foi muito bem abordada por outras vias, inclusive haveria uma votação no dia 8 de dezembro mas foi adiada. A questão é que querem forçar o povo a aceitar uma ideologia que não é verdadeira, e por mais que muitas pessoas sejam mal formadas sabem disso. Temos que salvar nossas crianças dessa maldição que esta tomando conta do nosso país. Ensinar-lhes o verdadeiro sentido de família, o sentido de ser homem e de ser mulher. Compete à família a educação sexual dos filhos e não à escola. Encaminhá-los a uma vida realmente digna, e não deixar-se guiar por valores da mídia, ou pelas ideologias impostas pelo Estado, partidos ou movimentos políticos. Rezemos para que essa maldição não recaia sobre nossas crianças e nosso país!Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-20643873032504933962011-12-20T04:30:00.000-08:002011-12-20T04:31:10.162-08:00A História do Natal Contada por CriançasFeliz Natal a Todos, que Cristo renasça em cada coração :)!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/kWq60oyrHVQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-52793493744505070582011-12-15T04:41:00.000-08:002011-12-15T05:46:42.700-08:00Lei da Palmada AprovadaSobre a lei pode-se lerr nesse site: <a href="http://www.correiodoestado.com.br/noticias/lei-da-palmada-e-aprovada-na-camara_135417/">http://www.correiodoestado.com.br/noticias/lei-da-palmada-e-aprovada-na-camara_135417/</a><br />
<br />
É novamente o Estado querendo tomar o lugar da família. Essa lei é uma verdadeira afronta a maneira dos pais educarem os filhos. Os pais são os únicos que tem o direito de dar uma educação moral sólida aos filhos. Isso não significa que devem ser espancados. Mas não pode-se privar de dar umas palmadas quando necessário. As crianças já estão cada vez mais sem limites por conta do consumismo onde os pais dão tudo que elas querem, agora, não podem dar limite aos filhos através de palmadas de vez em quando, vão transformá-los em verdadeiros vândalos. Claro que a palmada deve ser o ultimo recurso a ser usado, mas nem sempre a criança entende as coisas pelo diálogo e até mesmo a Bíblia ensina que deve-se educar os filhos pela vara. Não se faz isso por maldade, mas amor aos filhos, o próprio Cristo expulsou os vendilhões do Templo com chicotadas porque queria ensiná-los que ali era um local sagrado, do mesmo modo os pais devem ensinar o respeito aos filhos, para serem homens bons e virtuosos.<br />
<br />
Exponho aqui um trecho da carta de Santa Catarina de Siena que fala sobre a educação dos filhos:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">"Inebriada de amor, a pessoa não aceita seguir outro caminho senão o seu Mestre. Despreza o prazer e as consolações do mundo, porque Cristo os evitou. Ama a virtude, despreza o vício. Prefere morrer a ofender o Criador. Nem suportará que os próprios filhos e a família O ofendam. *Repreenderá até, como autêntico pai.* E quanto pode, exige que sigam o próprio exemplo." (Santa Catarina de Siena)</blockquote>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-59828733627528888042011-12-10T17:32:00.000-08:002011-12-10T17:36:55.795-08:00Educação Infantil na Idade Média<div align="right"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Ricardo da Costa<br />
<span style="font-size: small;"><strong>Prof. Adjunto de Hist. Medieval da UFES<br />
Universidade Federal do Espírito Santo. <br />
<span lang="EN-US">Home-page: www.ricardocosta.com<br />
<a href="mailto:riccosta@npd.ufes.br">riccosta@npd.ufes.br</a> </span></strong></span></span></div><br />
<div align="right"></div><br />
<div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">No Brasil, a Idade Média ainda é citada por muitos néscios como um tempo de ignorância e barbárie, um tempo vazio, um tempo em que a Igreja escondeu os conhecimentos que naufragaram com o fim do Império Romano para dominar o “povo”. Nesse movimento consciente e ideológico em direção às trevas, o clero teve como aliado principal a nobreza feudal. Juntos, nobreza e clero governaram com coturnos sinistros e malévolos todo o ocidente medieval, que permaneceu assim envolto em uma escuridão de mil anos, soterrado, amedrontado e preso a terra num trabalho servil humilhante.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-size: medium;">Quem ainda acredita piamente nesse amontoado de tolices ficará agradavelmente surpreso, espero, com o tema desse trabalho, que não poderia ser mais propício. Minhas perguntas básicas serão: existiu <i>educação</i> na Idade Média? E <i>ciência</i>? E as <i>crianças</i>?</span></div><div align="justify"><br />
<span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">De qualquer maneira, o fato é que, historicamente, o papel da criança sempre foi definido pelas expectativas dos adultos, e esse anseio mudou bastante ao longo da história, embora a família elementar e o amor tenham existido em todas as épocas . Vejamos então o caso medieval.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">A primeira herança da Antigüidade não é nada boa: a vida da criança no mundo romano dependia totalmente do desejo do pai. O poder do <i>pater familias</i> era absoluto: um cidadão não tinha um filho, <i>o tomava</i>. Caso recusasse a criança - e o fato era bastante comum - ela era enjeitada. Essa prática era tão recorrente que o direito romano se preocupou com o destino delas. E o que acontecia à maioria dos enjeitados? A morte .</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">A segunda herança que a Idade Média herda da Antigüidade, a cultura bárbara, foi-nos passada especialmente por Tácito. Ele nos conta que a tradição germânica em relação às crianças era um pouco melhor que a romana. Os germanos não praticavam o infanticídio, as próprias mães amamentavam seus filhos e as crianças eram educadas sem distinção de posição social. O povo germânico era composto por um conjunto de lares, com dois poderes distintos: o matriarcal, exercido no seio da família, e o patriarcal, predominante na política e na organização social . No entanto, o destino das crianças naqueles clãs, como na cultura romana, também dependia da vontade paterna (direito de adoção, de renegação, de compra e venda). A criança aceita ficava aos cuidados dos parentes paternos (<i>agnatos</i>) e o destino dos bastardos, órfãos e abandonados era entregue aos parentes maternos, especialmente a tios e avós maternos.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Dessas duas tradições culturais que se mesclaram e fizeram emergir a Idade Média, concluo que o <i>status</i> da criança naquelas sociedades antigas era praticamente nulo. Sua existência dependia do poder do pai: se fosse menina ou nascesse com algum problema físico, poderia ser rejeitada. Seu destino, caso sobrevivesse, era abastecer os prostíbulos de Roma e o sistema escravista. Até o final da Antigüidade as crianças pobres eram abandonadas ou vendidas; as ricas enjeitadas - por causa de disputas de herança - eram entregues à própria sorte .</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Nesse contexto histórico-cultural é que se compreende a força e o impacto do cristianismo, que rompeu com essas duas tradições. O Cristo disse:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus. Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. (Mt 18, 1-4).</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">A tradição cristã abriu, portanto, uma nova perspectiva à criança, uma mudança revolucionária. No entanto, foi um processo bastante lento, um <i>processo civilizacional</i> levado a cabo pela Igreja. Primeiro, por força das circunstâncias. Por exemplo, dos séculos V ao VIII, na Normandia, o índice de mortalidade infantil era muito elevado, 45%, e a expectativa de vida bem pequena, 30 anos. À primeira vista, esses dados arqueológicos poderiam sugerir ao historiador um sentimento de descaso para com a criança: a regularidade da morte poderia criar nos espíritos de então uma apatia, um medo de se apegar a algo tão frágil que poderia morrer à primeira doença .</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Paradoxalmente, ao invés disso, a documentação nos mostra que havia um grande apego dos pais aos filhos, apesar da mortalidade infantil. Em sua <i>História dos Francos</i>, Gregório de Tours nos conta o sentimento de tristeza e a lamentação de Fredegunda (concubina e depois esposa do rei dos francos Chilperico), quando da morte de crianças:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Essa epidemia que começou no mês de agosto atacou em primeiro lugar a todos os jovens adolescentes e provocou sua morte. <u>Nós perdemos algumas criancinhas encantadoras e que nos eram queridas, a quem nós havíamos aquecido em nosso peito, carregado em nossos braços ou nutrido por nossa própria mão, lhes administrando os alimentos com um cuidado delicado</u> [...] O rei Chilperico também esteve gravemente doente. Quando entrou em convalescença, seu filho mais novo, que não era ainda renascido pela água e pelo Espírito Santo, caiu enfermo. Assim que melhorou um pouco, seu irmão mais velho, Clodoberto, foi atingido pela mesma doença, e sua mãe Fredegunda, vendo-o em perigo de morte e se arrependendo tardiamente, disse ao rei: “A misericórdia divina nos suporta há muito tempo, nós que fazemos o mal, porque sempre ela nos tem advertido através das febres e outras doenças, mas sem que nos corrijamos. <u>Nós perdemos agora os nossos filhos, eis que as lágrimas dos pobres, as lamentações das viúvas e os suspiros dos órfãos os matam e não nos resta esperança de deixar os bens para ninguém</u>. Nós entesouramos sem ter para quem deixar. Os tesouros ficarão privados de possuidor e carregados de rapina e maldições! Nossas adegas não abundam em vinho? Nossos celeiros não estão repletos de trigo? Nossos tesouros não estão abarrotados de ouro e de prata, de pedras preciosas, de colares e outras jóias imperiais? <u>Nós perdemos o que tínhamos de mais belo</u>! Agora, por favor, venha! Queimemos todos os livros de imposições iníquas e que nosso fisco se contente com o que era suficiente ao pai e rei Clotário.” (Gregório de Tours, <em>Historiae,</em> V, 34)</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Por sua vez, fora do mundo secular, um espaço social lentamente impôs uma nova perspectiva à educação infantil: o monacato. Os monges criaram verdadeiros “jardins de infância” nos mosteiros, recebendo indistintamente todas as crianças entregues, vestindo-as, alimentando-as e educando-as, num sistema integral de formação educacional .</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">As comunidades monásticas célticas foram as que mais avançaram nesse novo modelo de educação, pois se opunham radicalmente às práticas pedagógicas vigentes das populações bárbaras, que defendiam o endurecimento do coração já na infância. Pelo contrário, ao invés de brutalizar o coração das crianças para a guerra e a violência, os monges o abriam para o amor e a serenidade.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">As crianças eram educadas por todos do mosteiro até a idade de quinze anos. A <i>Regra de São Bento</i> prescreve diligência na disciplina: que as crianças não apanhem sem motivo, pois “não faças a outrem o que não queres que te façam.” Toco aqui em um ponto importante e de grande discussão na <i>História da Educação</i>. O sistema medieval e monástico previa a aplicação de castigos. Na Bíblia há passagens sobre os castigos com vara que devem ser aplicados aos filhos na <i>Regra de São Bento</i> há várias passagens (punição com jejuns e varas, pancadas em crianças que não recitarem corretamente um salmo ), e esse ponto foi muito destacado e criticado pela pedagogia moderna, que, no entanto, não levou em consideração as circunstâncias históricas da época. Por exemplo, Manacorda interpreta os castigos do período antigo e medieval como puro <i>sadismo pedagógico</i> , linha de interpretação que permaneceu ao lado da imagem do monge medieval como uma pessoa frustrada e desiludida amorosamente e que, por esse motivo, buscava a solidão do mosteiro </span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Naturalmente isso se deve a um anacronismo e preconceito que não condizem com a postura de um historiador sério. Basta buscar os textos de época que vemos a felicidade dos egressos dos mosteiros pelo fato de terem sido amparados, criados e educados. Darei apenas dois breves exemplos. Ao se recordar do mosteiro onde passou sua infância, São Cesário de Arles (c. 470-542) diz:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Essa ilha santa acolheu minha pequenez nos braços de seu afeto. Como uma mãe ilustre e sem igual e como uma ama-de-leite que dispensa a todos os bens, ela se esforçou para me educar e me alimentar.<a href="http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn39" name="_ftnref39" title=""> [39] </a></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Por sua vez, Walafried Strabo (806-849), então jovem monge, nos conta em seu <i>Diário de um Estudante</i>:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Eu era totalmente ignorante e fiquei muito maravilhado quando vi os grandes edifícios do convento (...) fiquei muito contente pelo grande número de companheiros de vida e de jogo, que me acolheram amigavelmente. Depois de alguns dias, senti-me mais à vontade (...) quando o escolástico Grimaldo me confiou a um mestre, com o qual devia aprender a ler. Eu não estava sozinho com ele, mas havia muitos outros meninos da minha idade, de origem ilustre ou modesta, que, porém, estavam mais adiantados que eu. A bondosa ajuda do mestre e o orgulho, juntos, levaram-me a enfrentar com zelo as minhas tarefas, tanto que após algumas semanas conseguia ler bastante corretamente (...) Depois recebi um livrinho em alemão, que me custou muito sacrifício para ler mas, em troca, deu-me uma grande alegria... </span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Esses são apenas dois de muitos exemplos que contam a felicidade e a alegria que os medievais sentiram com o fato de terem tido a sorte de serem acolhidos em um mosteiro. Assim, devemos sempre confrontar em retrospecto as regras com a vida cotidiana, o sistema institucional com o que as pessoas pensavam dele, para então construirmos um juízo de valor mais adequado e menos sujeito a anacronismos.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Para completar o entendimento do <i>sentido civilizacional</i> dos mosteiros medievais, basta confrontarmos sua vida cotidiana - de educação e disciplina voltada para uma formação ética e moral das crianças - com o mundo exterior. Por exemplo, no período carolíngio (séculos VIII a X), apesar do avanço da implantação da família conjugal simples (modelo cristão) com uma média de 2 filhos por casal e um período de aleitamento de dois anos, a prática do infanticídio continuava comum, a idade média dos casamentos era muito baixa (entre 14 e 15 anos de idade), a poligamia e a violência sexual eram recorrentes, pelo menos na aristocracia e ainda havia a questão da escravidão de crianças . Confronte você, caro leitor, essa realidade com a vida de uma criança em um mosteiro.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Por sua vez, os bispos carolíngios do século IX tentaram regulamentar o casamento cristão, redigindo uma série de tratados (<i>espelhos</i>) . Neles, o casamento era valorizado, a mulher reconhecida como pessoa com pleno direito familiar e em pé de igualdade com o marido e a violência sexual denunciada como crime grave e do âmbito da justiça pública . Para o nosso tema, o que interessa é que as crianças também foram objeto de reflexão nesses <i>espelhos</i>: a maternidade foi considerada um valor (<i>charitas</i>) e o casal tinha a obrigação de aceitar e reconhecer os filhos .</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Assim, a ação da ordem clerical foi dupla: de um lado, os bispos lutaram contra a prática do infanticídio, de outro, os monges revalorizaram a criança, que passou por um processo de educação direcionada, de cunho integral e totalmente igualitária – por exemplo, as escolas monacais carolíngias davam preferência a crianças filhas de escravos e servos ao invés de filhos de homens livres, a ponto de Carlos Magno ser obrigado a pedir que os monges recebessem também para educar crianças filhas de homens livres . Estes séculos da Alta Idade Média foram cruciais para a implantação do modelo de casamento cristão conhecido por todo o mundo ocidental, para a valorização da mulher como parceira e igual do marido e para a idéia de criança como ser próprio e com necessidades pedagógicas específicas. Por fim, a sociedade era pensada como o conjunto de pessoas casadas (<i>ordo conjugatorum</i>), e a criança tinha um papel fundamental nessa estrutura, pois era o fim último da união.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, Times, serif; font-size: medium;">Mulher, criança, minorias revalorizadas na Idade Média em relação à Antigüidade. Para completar esse quadro compreensivo, quero responder à terceira pergunta feita no início: qual era o conceito de <i>educação</i> que alicerçava esse novo sistema pedagógico medieval? Essa é uma resposta relativamente mais simples. Para os homens da época, as palavras eram transparentes: havia um prazer muito grande em saborear o sentido etimológico delas. Os intelectuais de então diziam que o homem é um ser que esquece suas experiências. Ele consegue resgatá-las através da linguagem . Assim, a expressão <i>educação</i> era entendida como estando associada à sua raiz etimológica latina: <i>educe</i>, “fazer sair”. Como o conhecimento já existia inato no indivíduo, restava responder à seguinte pergunta: de que modo o estudante era conduzido da ignorância ao saber? Como o aluno aprendia? Essa era a questão básica dos educadores medievais. Preocupados com a <i>forma</i> da aquisição, os pedagogos de então tiveram uma importante consciência: cabia ao professor “acender uma centelha” no estudante e usar seu ofício para <b>formar</b> e não <b>asfixiar</b> o espírito de seus alunos . Muito moderna a educação medieval! </span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-15577214025896604902011-12-03T12:01:00.000-08:002011-12-03T12:43:34.141-08:00Dom Bosco: O Jovem Instruído na Prática dos Deveres Religiosos<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><strong>A Juventude</strong><br />
</span><span style="font-size: small;">Dois são os ardis de que principalmente costuma servir-se o demônio para afastar os jovens do caminho da virtude. O primeiro é fazer-lhes crer que para servir a Deus é preciso levar uma vida melancólica, longe de todo divertimento e prazer. Não é assim, queridos jovens. Quero ensinar-vos um plano de vida cristã, que vos faça felizes e alegres e que, ao mesmo tempo, vos dê a conhecer quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros gozos, de tal forma que possais dizer com o santo profeta Davi: "Sirvamos a Nosso Senhor em santa alegria: servíte Dómino in laetítia". Tal é precisamente o fim deste livrinho: Ensinar-vos a servir a Deus e a viver sempre alegres. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> <br />
O outro engano é a esperança de ter uma longa vida e de converter-vos mais tarde, quando velhos, ou na hora da morte. Tomai cuidado, meus filhos, porque muitos foram vítimas deste engano. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Seria preciso fazer um contrato com a morte para que nos esperasse até lá. Mas a vida e a morte estão nas mãos de Deus, que delas pode dispor como melhor lhe agrada. <br />
<br />
E ainda quando Nosso Senhor vos concedesse uma vida longa, ouvi o grande aviso que vos dá: "A estrada que o homem começa a trilhar na juventude, por essa mesma continuará na velhice até a morte: Adoléscens juxta viam suam, etiam cum senúerit, non recédet ab ea". Isto significa: se começamos a viver bem agora que somos moços, continuaremos a viver bem pela vida afora, teremos uma boa morte, que será o princípio de uma felicidade eterna. Pelo contrário, se desde moços nos deixamos dominar pelos vícios, geralmente assim continuaremos em todas as fases de nossa vida até a morte, que será indicio funesto de uma infelicíssima eternidade. Para que tal desgraça não vos aconteça a vós, aqui vos proponho uma breve e fácil norma de vida, mas suficiente para vos tornardes a consolação dos vossos pais, a honra da pátria bons cidadãos na terra e mais tarde venturosos habitantes do Céu.<br />
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<strong><span style="font-size: large;">Primeira Parte: Do que necessita um jovem para ser virtuoso<br />
<br />
ARTIGO I. Conhecimento de Deus</span></strong><br />
<span style="font-size: small;">Observai, queridos filhos, tudo o que existe no Céu e na terra. O sol, a lua, as estrelas, o ar, a água, o fogo; tempo houve em que todas estas coisas não existiam. Nenhuma coisa pode jamais dar a existência a si mesma. Deus com a sua onipotência, as tirou todas do nada, criando-as; é por isso que Ele se chama Criador. <br />
<br />
Este Deus, que sempre existiu e sempre há de existir, depois de ter criado todas as coisas contidas no Céu e na terra, criou também o homem, que é a mais perfeita de todas as criaturas visíveis. Por isso, os nossos olhos, a boca, a língua, os ouvidos, as mãos, os pés, são todos dons do Senhor. <br />
<br />
O homem distingue-se de todos os outros animais, principalmente por ter uma alma que pensa, raciocina, quer e conhece o que bem e o que é mal. Esta alma, por ser um puro espírito, não pode morrer com o corpo; mas, quando este for levado a sepultura, irá ela começar outra vida, que mais há de acabar. Se praticou o bem, será sempre feliz com Deus no Paraíso, onde gozará de todos os bens eternamente; se fez o mal, será punida com um terrível castigo, no inferno, onde padecerá para sempre o fogo e toda a sorte de tormentos. <br />
<br />
Considerai, contudo, meus filhos que nós fomos criados todos para o Paraíso e Deus, que é Pai bondoso, condena ao inferno somente quem o merecer pelos seus pecados. Óh! Quanto o Senhor nos ama e quanto deseja que façamos boas obras para assim poder-nos tornar participante daquela grande felicidade, que tem reservada para todos eternamente no Céu! <br />
</span><span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>ARTIGO II.Deus tem particular amor à juventude</strong><br />
</span><span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;">Persuadidos que estamos, caros jovens, de que fomos todos criados para o Céu, devemos dirigir todas as nossas ações para alcançar este grande fim. A 7 <br />
</span> <span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;">isto nos há de mover o prêmio que Deus nos promete, o castigo com que nos ameaça. Mas o que mais que tudo nos deve levar a amá-Lo e a servi-Lo, há de ser o grande amor que nos têm. Pois que, embora Ele ame a todos os homens, como obra de suas mãos, consagra todavia um afeto todo particular aos meninos e acha as suas delícias em permanecer no meio deles: Deliciae meac esse cum filiis hóminum. Deus vos ama, porque de vós espera muitas boas obras; ama-vos porque estais numa idade simples, humilde, inocente e, por via de regra, não vos tornaste ainda vítima do inimigo infernal. <br />
<br />
Há ainda outras provas não menores da especial benevolência que vos tem o Divino Redentor. Ele assegura que considera como feitos a si mesmo todos os benefícios que vos fizerem a vós e ameaça de maneira terrível os que vos escandalizam. <br />
<br />
Eis as suas palavras: "Se alguém escandalizar a um destes pequeninos que creem em Mim, melhor lhe fora que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e que o lançassem ao fundo do mar". Gostava muito que os meninos O seguisse, chamava-os para perto de Si, abraçava-os, e lhes dava a sua santa benção. "Deixai, dizia, deixai que os meninos venham a mim: Sínite párvulos veníre ad me"; dando assim evidentemente a conhecer que vós, ó jovens, sois as delícias do seu coração. <br />
<br />
Visto que o Senhor vos ama tanto, deve ser vosso firme propósito corresponder-Lhe, fazendo tudo o que lhe agrada e evitando tudo o que o poderia desgostar. <br />
</span><span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>ARTIGO III. A salvação da alma depende geralmente do tempo da juventude</strong> </span><span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;">Dois são os lugares que nos estão reservados na outra vida: para os maus, o inferno, onde se sofre todos os tormentos; para os bons, o Paraíso, onde se goza todos os bens. Mas o Senhor vos diz claramente que se vós começardes a ser bons no tempo da juventude, sereis igualmente no resto da vida, a qual será coroada com uma eternidade de glória. Pelo contrário, se começardes a viver mal no tempo da juventude, muito facilmente continuareis assim até a morte, e isto vos conduzirá inevitavelmente ao inferno. <span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;"></span></span><span style="font-size: small;">Por isso, quando virdes homens de idade avançada entregues ao vício da embriaguez, do jogo, da blasfêmia, podereis quase sempre dizer que tais vícios começaram na juventude: Adoléscens juxta viam suam, etiam cum senúerit, non recédet ab ea. Ah! Filhos querido, diz Deus, recorda-te do teu criador no tempo de tua juventude. Em outro lugar declara feliz o homem que desde a sua adolescência tenha levado o jugo dos mandamentos: Bonum est viro, cum poratáverit jugum ab adolescéntia sua. <br />
<br />
Esta verdade foi bem conhecida pelos santos, especialmente por santa Rosa de Lima e por são Luís Gonzaga, os quais, tendo começado a servir fervorosamente a Nosso Senhor desde a mais tenra idade, quando adultos só achavam gosto nas coisas de Deus e assim se tornaram grandes santos. O mesmo se diga do filho de Tobias que, desde o início de sua juventude, foi sempre obediente e submisso aos seus pais: Este morreram e ele continuou a viver virtuosamente até a morte. <br />
<br />
Mas dirão alguns: se começamos agora a servir a Deus, tornaremos tristonhos. Respondo-vos que isso não é verdade. Andarás triste quem serve ao demônio, pois que, por mais que se esforce para estar alegre, terá sempre o coração a lhe segredar entre lágrimas: És infeliz, porque és inimigo do teu Deus. Quem mais afável e jovial que São Luís Gonzaga? Quem mais alegre e gracioso do que São Felipe Néri e São Vicente de Paulo? E contudo, a vida deles foi um contínuo exercício de todas as virtudes. <br />
<br />
Animo pois, meus caros filhos; dedicai-vos em tempo á virtude e eu vos garanto que tereis sempre o coração alegre e contente e experimentareis quanto é doce e agradável o serviço do Senhor. 9 <br />
</span> <span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><strong>ARTIGO IV. A Primeira Virtude de um jovem é a obediência aos seus pais e superiores</strong><br />
</span><span style="font-size: small;"></span><br />
<span style="font-size: small;">Assim como uma plantinha, embora colocada em bom terreno, num jardim, contudo toma forma defeituosa e vai definhando se não for cultivada e, de algum modo, guiada até certa altura, assim vós, meus caros filhos, vos inclinareis fatalmente para o mal, se não vos deixardes guiar por quem está encarregado da vossa educação e do bem da vossa alma. Essa guia vós atendes nos vossos pais e nos que fazem suas vezes; a eles deveis obedecer com docilidade. "Honra teu pai e tua mãe e terás vida longa na terra", diz o Senhor. <br />
<br />
Mas em que consiste essa honra? Consiste em obedecer-lhes, respeitá-los e prestar-lhes assistência. Obedecer-lhes e por isso, quando vos mandão alguma coisa, fazei-a prontamente, sem resistir, e guardai-vos de proceder como alguns que resmungam, escolher os ombros, sacodem a cabeça e, o que é pior, respondem mal. Esses fazem grande injúria aos seus pais e também a Deus, pois que nas ordens dos pais se manifesta a vontade de Deus. Nosso Salvador, apesar de ser onipotente, para ensinar-nos a obedecer, foi submisso em tudo a Santíssima Virgem e a São José, na humilde ocupação de artífice: Et erat súbditus illis. Para obedecer a seu Pai celeste ofereceu-Se á morte dolorosíssima da cruz: Factus obédiens usque ad mortem; mortem autem crucis. <br />
<br />
Deveis também ter grande respeito a vosso pai e a vossa mãe e não empreender coisa nenhuma sem sua licença, nem dar a conhecer seus defeitos. São Luís Gonzaga não fazia coisa nenhuma sem licença e, na falta de outrem, a pedia aos mesmos criados. O jovem Luís Comolo foi obrigado um dia a estar longe de seus pais por mais tempo do que lhes tinham permitido. Mas ao chegar a casa, todo choroso pediu logo humildemente perdão daquela desobediência involuntária. <br />
</span><span style="font-size: small;">Finalmente, deveis prestar aos pais assistência em suas necessidades com o serviços domésticos de que fordes capazes especialmente entregando-lhes todo o dinheiro ou qualquer coisa que vos venha as mãos, usando de tudo conforme suas indicações. É também estrito dever de um jovem rezar de manhã e à noite pelos seus pais, para que Deus lhes conceda todos os bens espirituais temporais. </span><br />
<span style="font-size: small;"> <br />
Tudo o que vos disse a cerca da obediência e do respeito aos pais, deveis também praticar em relação a qualquer outro superior, eclesiástico ou secular, e por isso também em relação aos vossos professores, dos quais igualmente recebereis de boa vontade, com humildade e respeito os ensinamentos, os conselhos as correções, certos de que tudo o que eles fazem é para a vossa maior vantagem e que a obediência prestada aos superiores é como se fora prestada ao mesmo Jesus Cristo e a Nossa Senhora. <br />
<br />
Duas coisas vos recomendo com maior empenho. A primeira é que sejais sinceros com os superiores, não encobrindo nunca as vossas faltas com fingimentos, muito menos as negando. Dizei sempre a verdade com franqueza. As mentiras, além de ofenderem a Deus, vos tornam filhos do demônio, que é o príncipe da mentira, e, vindo-se depois a saber a verdade, passareis por mentirosos, com grande desdouro perante os superiores e os companheiros. Em segundo lugar, vos recomendo que aceiteis os conselhos e as advertências dos superiores como norma de vossa vida e do vosso modo de agir. Felizes vós, se assim fizerdes; os vossos dias serão venturosos, todas as vossas ações serão bem ordenadas e servirão de edificação aos outros. Por isso, concluo dizendo-vos: O menino obediente tornar-se-á santo; pelo contrário, o desobediente segue um caminho que o levará a perdição. </span></span><span style="font-size: small;"> <br />
</span></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-47195469774337459112011-11-30T14:44:00.000-08:002011-11-30T16:54:46.239-08:00Pra ver como estão as coisas na escola hoje....<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHhD9DasfFdjjDbV_O46_pb7WLQk56mjDKgsbajZy9R1OxxB0IMbXiL0Jnosn9bCjlrYE1dWN4GijK4jafgHnfczmdQNZDHVu3Szuz_X75wVUKn_Sjg5jxu6_dGZku4XQVxy8sJ8wbqqYU/s1600/notass.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHhD9DasfFdjjDbV_O46_pb7WLQk56mjDKgsbajZy9R1OxxB0IMbXiL0Jnosn9bCjlrYE1dWN4GijK4jafgHnfczmdQNZDHVu3Szuz_X75wVUKn_Sjg5jxu6_dGZku4XQVxy8sJ8wbqqYU/s400/notass.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-50800319931190853502011-11-30T03:51:00.000-08:002011-11-30T03:51:25.313-08:00O problema da co-educação: as escolas mistas, sistema de ensino que a Igreja sempre recusou<div align="justify"><em><span style="font-size: medium;">Por Vladimir Lachance</span></em></div><div align="justify"><span style="color: black;">.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Por co-educação se entende a educação de meninos e meninas feita em comum, modelo que domina a maior parte das escolas do Brasil e do mundo.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Apesar de dominante, este modelo educacional só se estabeleceu no último século: pouco a pouco foi substituindo as escolas não-mistas, até que, por volta da década de 70, se tornou o modelo normal de educação, enquanto que as escolas que educavam apenas um dos sexos foram desaparecendo, à força da pressão feita pelos órgãos de educação do país – e em parte também pela mudança de mentalidades da sociedade em geral.</span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><a href="http://lucianalachance.files.wordpress.com/2011/08/sala-de-aula1.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-910" src="http://lucianalachance.files.wordpress.com/2011/08/sala-de-aula1.jpg?w=535" title="sala-de-aula1" /></a></span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Então, o que para nós parece algo comum na verdade não o foi. Até o século XIX a influência da Igreja sobre a educação ainda se fazia presente de algum modo, preservando o princípio de que a educação deveria ser diferenciada para cada sexo. Mas, neste mesmo século, as vozes incorfomadas com os ideais católicos já começam a se fazer ouvir: eis que a propaganda pela co-educação aparece.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">De 1882 a 1884 ocorreu o “Congresso de Instrução” no Rio de Janeiro. Embebido da influência pseudo-científica do Positivismo, este congresso abordou questões avançadas para a época, como a “liberdade de ensino”, o “ensino obrigatório” e a “organização do ensino secundário feminino”. Além disto, nos parece interessante destacar neste Congresso o parecer dado pelo Inspetor da Instrução Pública do Rio de Janeiro, Dr. João Barbalho Uchôa, que levanta inúmeros argumentos em favor da co-educação – que constituem praticamente os mesmos argumentos utilizados pelos propugnadores da co-educação atualmente, por isso vemos a necessidade de analisá-los. Os seus argumentos se resumem a:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">1. [...] <strong>a influencia irrecusavel que o ensino mixto produz com relação aos costumes e maneiras, contribuindo de modo muito decisivo para ameniza-los</strong>. Como é, porém, que se apparece esse estimulo, e como se dá essa amenização. É simples, e facilmente se comprhende. <strong>As alumnas pretendem não se mostrar inferiores em aproveitamento aos alumnos, e por sua parte estes não querem deixar-se vencer por ellas. Resultado: mais applicação; mais assiduidade; melhores lições; maior proveito e adiantamento</strong> (CONGRESSO DE INSTRUÇÃO 1882-1884, item I).</span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">Para fazer este primeiro ponto funcionar, o Inspetor então saca do segundo argumento – introdução de mulheres no quadro de professores, para amenizar a dificuldade das meninas em aceitar a presença de meninos na classe; a professora funcionaria como mediadora das duas partes:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">2. Sabe-se que a mulher tem mais facilidade, mais jeito de transmittir nos meninos os conhecimentos que lhes devem ser communicados. Maneiras menos rudes e seccas, mais affaveis e attrahentes que os mestres, aos quaes incontestavelemnte vence em paciência, doçura e bondade. Nella predominam os instinctos maternaes, e ninguém como ella possue o segredo de captivar a attenção de seus travessos e inquietos ouvintes, sabendo conseguir que as lições, em vez de tarefa aborrecida, tornem-se-lhes como uma diversão, um brinco (CONGRESSO DE INSTRUÇÃO 1882-1884, item II).</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">3. Assim educados, elles <strong>sahem da escola com a profunda imprensao que ahi receberam e serão homens attenciosos, cheios de acatamento para com as senhoras, e de costumes que honram a sua educação</strong> (CONGRESSO DE INSTRUÇÃO 1882-1884, item II).</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">4. <strong>Em vez de dous mestres, duas escolas, duas casas [...], uma aula mixta presta o mesmo e melhor serviço: e com a quantia poupada da creação e custeio, que assim se tornam desnecessários, de mais outra escola, proporcionam-se os meios para em outro lugar terem os meninos o preciso ensino</strong> (CONGRESSO DE INSTRUÇÃO 1882-1884, item V).</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">5. O preconceito e prevenção tem de ceder à experiência e ao tempo, que os hão de vencer, atestando mais tarde, com os factos, não serem razoáveis os receios dos que levam tão longe seus escrúpulos para condemnar, por uma preoccupação que os domina, providencia de vantagens não duvidosas. (CONGRESSO DE INSTRUÇÃO 1882-1884, item VIII). <strong>(1)</strong></span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">Vejamos agora, pois, qual o argumento moral defendido pela Igreja, para em seguida examinar mais detidamente os itens elencados pelo Inspetor Dr. Uchôa.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>Posicionamento da Igreja quanto à co-educação</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><span style="font-size: x-small;">Iniciemos com as palavras do Magistério de Pio XI</span>, na encíclica<em><span style="font-size: medium;"> Divini Illius Magistri </span></em>– de 1929, que repete o ensinamento perene da Igreja na matéria da educação. Eis as palavras do Papa:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">“D) COEDUCAÇÃO</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">“De modo semelhante, erroneo e pernicioso à educação cristã é o chamado método da ‘coeducação’, baseado também para muitos no naturalismo negador do pecado original, e ainda para todos os defensores deste método, sobre uma deplorável confusão de ideias que confunde a legítima convivência humana com a promiscuidade e igualdade niveladora. O Criador ordenou e dispos a convivência prefeita dos dois sexos somente na unidade do matrimônio e gradualmente distinta na família e na sociedade. Além disso não há na própria natureza, que os faz diversos no organismo, nas inclinações e nas aptidões, nenhum argumento donde se deduza que possa ou deva haver promiscuidade, e muito menos igualdade na formação dos dois sexos. Estes, segundo os admiráveis desígnios do Criador, são destinados a completar-se mutuamente na família e na sociedade, precisamente pela sua diversidade a qual, portanto, deve ser mantida e favorecida na formação educativa, com a necessária distinção e correspondente separação, proporcionada às diversas idades e circunstâncias. Apliquem-se estes princípios no tempos e lugar oportunos, segundo as normas da prudência cristã, em todas as escolas, nomeadamente no período mais delicado e decisivo da formação, qual é o da adolescência; e nos exercícios ginásticos e desportivos, com particular preferência à modéstia cristã na juventude feminina, a qual fica muito mal toda a exibição e publicidade.” (Papa Pio XI, Encíclica <em><span style="font-size: medium;">Divini Illius Magistri, </span></em>Ed. Escolas Profissionais Salesianas, 1938, p. 46)</span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">As bases da doutrina contra a co-educação se firmam, pois, nas palavras do Santo Padre, que diz que Deus Nosso Senhor criou o homem e a mulher desiguais, para que se completassem perfeitamente por meio do matrimônio. A cada um dos sexos caberia um papel na vida de família e na sociedade e por isto se faz necessário que a educação de meninos e meninas seja também desigual. Portanto, a “igualdade niveladora” na educação, como diz Pio XI, é contrária aos desígnios de Deus para a família e a sociedade. Daí já decorre um grave defeito da co-educação nas escolas.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">E, além do igualitarismo, há ainda o problema moral relacionado com a pureza e castidade. Como diz o Papa, a co-educação promove a promiscuidade entre os sexos, visto que a convivência entre os sexos se torna constante: no Brasil são pelos menos 6 horas de convívio comum, na ida para a escola, nas aulas, nos recreios, na volta para casa… É neste sentido que Pio XI diz que grande parte dos defensores da co-educação se baseiam num naturalismo que nega o pecado original, pois quem imagine que um convívio tão longo e próximo não apresente riscos para a pureza – quer seja por um contato sexual precoce e pré-matrimonial ou por uma influência malfazeja à práticas anti-naturais – só pode fazer pouco caso do ensinamento tradicional da Igreja tanto em relação ao pecado original e quanto à inclinação do homem ao pecado.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Sintetizando, Pio XI diz:</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>I)</strong> contra o igualitarismo: meninos e meninas são diferentes, portanto precisam de educação diferenciada;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>II)</strong> contra a sensualidade: a proximidade excessiva entre os dois sexos degenera em promiscuidade;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>III)</strong> a separação dos sexos na escola deve acontecer sempre que possível, mas principalmente no período da adolescência e nas aulas de educação física.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Vejamos agora o que dizem os moralistas católicos, começando pelas palavras do <em><span style="font-size: medium;">Dizionario di Teologia Morale</span></em> de 1968, dirigido pelo Cardeal Roberti e revisto à luz do Concílio Vaticano II. No verbete <em><span style="font-size: medium;">Sexo</span></em> pode-se ler:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">“’O contato social entre pessoas dos dois sexos tem influência benéfica e educativa. Este contato o oferece, de uma maneira mais natural e equilibrada, a vida da família numerosa, na qual há pai e mãe e a prole quase sempre é composta de irmãos e irmãs. Um contato fora da família, demasiado grande e frequente, não está isento de perigos. Por isso, <strong>deve-se evitar tanto quanto possível a co-educação de jovens de sexo diferente nas mesmas escolas</strong>‘” (<em><span style="font-size: medium;">Dizionario di Teologia Morale</span></em>, Ed. Studium, Roma, 1968, 4.ª ed., revista à luz do Concílio ecumênico Vaticano II, p. 1524-1525 / <em><span style="font-size: medium;">Imprimatur</span></em>: Sac. Marius Iacovelli, Vic. Gen., Tibure, 25-2-1968 in <em><span style="font-size: medium;">A TFP: uma vocação, TFP e famílias, TFP e famílias na crise espiritual e temporal do século XX, </span></em>Vol. I, elaborada por uma comissão de estudos da TFP, em fevereiro de 1986)</span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">Este trecho repete o ensinamento do Magistério de Pio XI, acrescentando que a Igreja considera o contato social entre os dois sexos benéfico, desde que seja feito dentro do próprio ambiente familiar, entre pai, mãe, filhos e filhas. Como bem disse o Papa, a convivência perfeita entre os dois sexos se dá no matrimônio, e menos perfeita que esta convivência vem logo abaixo a convivência dos filhos e filhas do casal no mesmo lar: convivência imperfeita, mas que é, para crianças e adolescentes, a que mais condiz com seu estado de desenvolvimento. Mas, para que este relacionamento seja ainda mais rico, o Cardeal reitera que contribui enormemente a prole numerosa: geralmente composta por meninos e meninas. Eis a sabedoria da Igreja!</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">No mesmo <em><span style="font-size: medium;">Dizionario</span></em>, o Cardeal Palazzini, na época Prefeito da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, escreve:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">“’Co-educação é a educação de meninos e meninas feita em comum com o fim de favorecer um pretenso encontro natural e progressivo entre os dois sexos.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">‘Além dos propugnadores do naturalismo e de alguns protestantes, que julgaram encontrar na co-educação um elemento favorável para a sanidade dos costumes em contraposição aos perigos do auto-erotismo, tal método tem sido elogiado também por alguns católicos. Estes têm sustentado ver nele uma forma de imunização gradual contra o mal, um incentivo para a gentileza e a emulação e uma expressão análoga à vida de família.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">‘Porém <strong>a Igreja tem-se declarado constantemente contrária a tal método, porque tem visto nele um grave perigo para a pureza e para a formação dos jovens.</strong> Com efeito, a comparação com a vida familiar é claramente forçada, e uma vez mais se abusa na aplicação do princípio da imunização produzida pelo hábito (‘ab assuetis non fit passio’), esquecendo- se de que <strong>o hábito pode eliminar o choque da impressão nova, mas não elimina, pelo contrário aumenta o perigo proveniente do contato contínuo, constituindo um estímulo natural para as paixões, não só pela novidade, como também por seu conteúdo. E a experiência só faz confirmar a observação</strong>‘” (Cardeal Pietro Palazzini, in <em><span style="font-size: medium;">Dizionario di Teologia Morale</span></em>, Ed. Studium, Roma, 1968, 4.ª ed., revista à luz do Concílio ecumênico Vaticano II, p. 323 / <em><span style="font-size: medium;">Imprimatur</span></em>: Sac. Marius Iacovelli, Vic. Gen., Tibure, 25-2-1968 in <em><span style="font-size: medium;">A TFP: uma vocação, TFP e famílias, TFP e famílias na crise espiritual e temporal do século XX, </span></em>Vol. I, elaborada por uma comissão de estudos da TFP, em fevereiro de 1986)</span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">O Cardeal aponta para os argumentos dos co-educadores. Notemos que, curiosamente, são os mesmos argumentos do Dr. Uchôa no século XIX. Os argumentos seriam:</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>a)</strong> O contato entre os sexos favorece a convivência natural (o mesmo ponto 1 do Dr. Uchôa);</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>b)</strong> O contato entre os sexos evita certas práticas anti-naturais [auto-erotismo];</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>c)</strong> O contato entre os sexos incentiva a gentileza e representa a vida de família, preparando os jovens para a vida futura (o mesmo ponto 3 do Dr. Uchôa);</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Ao que o Cardeal Palazzini opõe os seguintes contra-argumentos:</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>a.1)</strong> A convivência frequente entre os sexos elimina o choque da novidade, porém aumenta o perigo de pecado, incitando as paixões inferiores;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>b.1)</strong> Decorrente do que se disse acima, as práticas anti-naturais só tendem a aumentar;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>c.1)</strong> A comparação com a vida de família é evidentemente forçada, apenas visando justificar a posição da co-educação;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Por fim, citemos – ainda no Dizionario – a posição do Professor Carlo Rizzo, livre-docente de Clínica de enfermidades nervosas e mentais na Universidade de Roma:</span></div><blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">“’Um dos corolários desses deletérios princípios – de Hirschfeld, criador da teoria do terceiro sexo, que seria o sexo do homossexual – é <strong>a promiscuidade sexual: mal que à primeira vista pode parecer sem gravidade, mas que, de fato, se torna frequentemente pernicioso já que pode constituir facilmente a premissa, a ocasião e o incentivo para aqueles males já mencionados – [homossexualidade, amor livre, neo- maltusianismo, etc...]</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;">‘A todos é notório como a prudente separação entre os jovens e as jovens, que existia até há alguns decênios, praticamente desapareceu atualmente.’” (Prof. Carlo Rizzo, in <em><span style="font-size: medium;">Dizionario di Teologia Morale</span></em>, Ed. Studium, Roma, 1968, 4.ª ed., revista à luz do Concílio ecumênico Vaticano II, pp. 1525-1526 / <em><span style="font-size: medium;">Imprimatur</span></em>: Sac. Marius Iacovelli, Vic. Gen., Tibure, 25-2- 1968 in <em><span style="font-size: medium;">A TFP: uma vocação, TFP e famílias, TFP e famílias na crise espiritual e temporal do século XX, </span></em>Vol. I, elaborada por uma comissão de estudos da TFP, em fevereiro de 1986)</span></div></blockquote><div align="justify"><span style="color: black;">Duas coisas chamam a atenção neste trecho: a primeira é que, mesmo que inconscientemente, os defensores da co-educação – promovendo a promiscuidade sexual – se aproximam dos princípios de pensadores como Magnus Hirschfeld, que defendia a tese de que haviam três sexos, sendo que homens e mulheres tinham diversas características em comum, não podendo ser taxados inflexivelmente enquanto seres do sexo masculino e feminino, e a síntese destes constituiria o indivíduo homossexual, que estaria numa posição intermediária entre os dois seres. Deste modo, os homens não são homens, as mulheres não são mulheres e os homossexuais representam os dois primeiros: no fundo, uma teoria do bissexualismo e da androginia. Portanto, não haveria mal algum em se colocar meninos e meninas na mesma classe, visto que no fundo todos são iguais. E, de uma maneira ou de outra, é isto o que reproduzem os co-educadores quando dizem que meninos e meninas têm as mesmas aptidões, as mesmas capacidades para diferentes coisas, e propõem o ensino em comum.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">E o segundo ponto que chama atenção é o alerta dado pelo prof. Rizzo: a separação entre os sexos praticamente desapareceu; ou seja, estamos num ambiente abertamente influenciado pelas teorias igualitárias e anti-naturais de estudiosos como Sigmund Freud, Hirschfeld e outros, e ao mesmo tempo afastado da influência benigna e santificante da Igreja Católica.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>Considerações finais à luz da doutrina católica sobre os pontos em favor da co-educação</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;">A primeira e mais importante consideração a se fazer é que <strong>os defensores da co-educação passam completamente por cima de todo e qualquer argumento moral, dando a impressão de que o ponto central da discussão é de nível exclusivamente intelectual e/ou econômico.</strong> Em verdade, no ponto 5 o Dr. Uchôa tece, veladamente uma crítica ao argumento moral, taxando-o de preconceituoso e retrógrado, que deve dar espaço à racionalidade do ponto de vista dos co-educadores. Como costumeiro nos meios positivistas e progressistas, o Dr. Uchôa deixa a cargo da experiência e do tempo a extinção dos posicionamentos dos moralistas escrupulosos. Ou seja, o processo evolutivo da sociedade se encarregará de fazer desaparecer qualquer elemento ultrapassado, pois esta seria a verdadeira marcha da história e da humanidade: o progresso indefinido, atropelando sempre os costumes e crenças do passado. Mas, poderíamos pergunta, porque a doutrina católica será ultrapassada e os ideais dos co-educadores, velhos já de mais de 200 anos, podem continuar os mesmos? Como exemplo podemos ver que os argumentos listados pelo Cardeal Palazzini em 1968 são os mesmos dados pelo Dr. Uchôa em 1882: então, só as ideias positivistas não serão nunca ultrapassadas?</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">O professor Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP – Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade – no jornal Legionário de 1943 escreveu artigo intitulado “Co-educação” em que trata de analisar alguns dos pontos aqui discutidos. Ele diz que “(…) o problema consiste em saber se realmente os adversários da co-educação têm fundados motivos para sustentar sua tese. Em caso afirmativo, não há economia que compense os desastres da co-educação”. <strong>(2)</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Portanto, seguindo o esquema do Dr. Uchôa, tudo depende do seu ponto 5, que é onde ele apresenta a religião como sistema velho e dominado por escrupulos. Se realmente existir um problema moral, e de fato existe – como já comprovado pelas citações do Magistério, moralistas e cientista colocadas acima -, vantagem econômica nenhuma pode justificar a manutenção de um sistema que põe em risco as almas de milhões de crianças e adolescentes: deste modo, o ponto 4, que apresenta o argumento econômico deixa de ter razão de ser.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Então, como podemos ver, todos os pontos em favor da co-educação são contrários ao ensinamento perene da Igreja. Tanto assim, que na encíclica <em><span style="font-size: medium;">Divini Illius Magistri</span></em>, Pio XI chega a proibir a frequência dos jovens católicos em escolas acatólicas, neutras e mistas <strong>(3)</strong>. Como, infelizmente, “as circunstâncias de lugar e de tempo” <strong>(4)</strong> nos obrigam atualmente a ter os filhos matriculados em tais escolas, o mesmo Santo Padre já dizia que nestas ocasiões a frequência se faz tolerável, visto não haver outra solução imediata – mas, que os pais devem procurar as escolas menos danosas para a alma de seus filhos.</span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><strong>***</strong> </span></div><div align="justify" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>(1)</strong> Fabiane Freire França – <em><span style="font-size: medium;">A Co-educação dos sexos na escola pública brasileira: 1870-1932</span></em>, Universidade Estadual de Maringá;</span></div><div align="justify" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>(2)</strong> Plinio Corrêa de Oliveira – “Co-educação”, <em><span style="font-size: medium;">Mensário Legionário</span></em>, nº 555, 28 de março de 1943;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>(3)</strong> Papa Pio XI, Encíclica <em><span style="font-size: medium;">Divini Illius Magistri, </span></em>Ed. Escolas Profissionais Salesianas, 1938, p. 52;</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><strong>(4)</strong> Papa Pio XI, Encíclica <em><span style="font-size: medium;">Divini Illius Magistri, </span></em>Ed. Escolas Profissionais Salesianas, 1938, p. 52.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><a href="http://lucianalachance.wordpress.com/2011/08/17/o-problema-da-co-educacao-as-escolas-mistas-sistema-de-ensino-que-a-igreja-sempre-recusou/">http://lucianalachance.wordpress.com/2011/08/17/o-problema-da-co-educacao-as-escolas-mistas-sistema-de-ensino-que-a-igreja-sempre-recusou/</a></span></div><div align="justify"><br />
</div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-87942214212409651642011-11-29T18:12:00.000-08:002011-11-29T18:12:52.681-08:00Excelente Palestra sobre o TriviumExcelente palestras explicano método de educação Trivium, que era dado durante a Idade Média, faz parte das sete artes liberais que são o Trivium e o Quadrivium.<br />
Trivium: Gramatica, Lógica e Retórica.<br />
Quadrivium: Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/C7CCgP3kIBA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-83983048073141234952011-11-29T17:37:00.001-08:002011-11-29T17:37:59.352-08:00S. Pio X e a Educação CristãSão Pio X, entre tantos títulos de glória, possui em grau eminente o de ser, como o definiu S.S. Pio XII, o Papa da doutrina cristã; da doutrina cristã ensinada não só por meio da pregação, mas de modo especial por meio do catecismo. Aureolado com este título, ele refulge na Igreja como um dos maiores defensores e promotores da educação cristã da juventude.<br />
<br />
Não é possível recordar todos os documentos públicos ou privados, solenes ou íntimos, nos quais se manifesta o zelo de S. Pio X pela instrução religiosa. Recordemos pelo menos a Carta ao arcebispo de Paris, cardeal Richard, Quod a catechimis, de 15 de abril de 1903; a Encíclica Acerbo nimis, de 15 de abril de 1905 que permanece o estatuto definitivo do ensino da doutrina cristã; a Encíclica Editae saepe Dei, de 26 de maio de 1910, por ocasião do 3º centenário de S. Carlos Borromeu na qual lemos:<br />
<br />
"De tal instrução cristã aparece evidentemente aumentada a necessidade seja por todo o andamento dos tempos e dos costumes modernos, seja particularmente por aquelas escolas públicas, privadas de toda religião, onde constitui quase um passatempo zombar de todas as coisas santas, e onde igualmente estão abertos à blasfêmia os lábios dos mestres e os ouvidos dos alunos. Falamos da escola que se intitula por suma injúria neutra ou leiga, mas que não passa de uma tirania prepotente de uma seita satânica. Um tal novo jogo de hipócrita falsidade, vós já denunciastes em alta voz e intrepidamente, ó veneráveis irmãos, máxime nos países onde mais afrontosamente foram pisoteados os direitos da religião e da família, antes sufocada a voz mesma da natureza que exige respeitada a fé e o candor da adolescência.<br />
<br />
A fim de remediar, na medida em que Nos é possível, um tão grande mal, provocado por aqueles mesmos que, enquanto dos outros pretendem obediência, negam-na ao Senhor supremo de todas as coisas, recomendamos que se instituam nas cidades oportunos cursos de religião. E se bem estas obras, graças aos vossos esforços tenham conseguido até agora bons resultados, é sumamente desejável que sempre mais difusamente se propaguem, isto é, que tais escolas se abram por toda parte e floresçam em mestres respeitáveis por mérito de doutrina e intergidade de vida".<br />
<br />
Com seu decreto "libertador" Quam singularis, de 8 de agosto de 1910, sobre a comunhão das crianças, Sua Santidade Pio X deu à obra da educação da infância e da juventude um contributo de excepcional importância. Restabelecendo a doutrina da Igreja primitiva, o Papa restituiu à criança o mais belo e sacro dos seus direitos: o seu direito a Cristo e à vida nela de Cristo. Abriu à criança e ao jovem a autêntica fonte do dinamismo espiritual que assegura a felicidade e a fecundidade da vida. A tática dos ímpios consistia e consiste ainda em arrancar a alma do jovem do seu Deus, de Cristo Jesus. Era este o objetivo de tantas lutas empreendidas e de outros tantos atentados perpetrados. Com um intuito mais que genial, S. Pio X considerou que, diante desta tática, era necessário penetrar no vivo, se assim é possível dizer, da tática adversária; era necessário levar as crianças ao coração de Cristo, divino refúgio, abrir a Cristo os seus corações, na frescura da sua pureza para que Cristo as enchesse do seu amor e da sua força infinita.<br />
<br />
<strong>(Pio XII e a educação da juventude, Fernessole, pp.37-9)</strong>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-46748799839502194842011-11-29T15:58:00.000-08:002011-11-30T18:19:06.619-08:00O que diz o Catecismo da Igreja Católica acerca de Educação<strong><span style="color: green;"> </span></strong><br />
<div align="justify"><span style="color: black;">E.4.1 Colaboração dos pais na educação dos filhos</span></div><span style="color: black;"><br />
</span><br />
<div align="justify"><span style="color: black;">§2206 As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém sobretudo do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar "uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e também uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos".</span></div><span style="color: green;"> </span><br />
<span style="color: green;"></span><br />
<span style="color: green;"></span><br />
<span style="color: green;"></span><br />
<span style="color: green;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: green;"><span style="color: black;">E.4.2 Direito de uma reta educação sexual</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: green;"><span style="color: black;"></span></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2344 A castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal. Mas implica também um esforço cultural, porque "o homem desenvolve-se em todas as suas qualidades mediante a comunicação com os outros". A castidade supõe o respeito pelos direitos da pessoa, particularmente o de receber uma informação e uma educação que respeitem as dimensões morais e espirituais da vida humana.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.3 Direito e dever dos pais de educar os filhos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1653 A fecundidade do amor conjugal se estende aos frutos vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos. Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e da família é estar a serviço da vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2221 A fecundidade do amor conjugal não se reduz só à procriação dos filhos, mas deve se estender à sua educação moral e formação espiritual. "O papel dos pais na educação é tão importante que é quase impossível substituí-los." O direito e o devei de educação são primordiais e inalienáveis para os pais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2223 Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos. Dão testemunho desta responsabilidade em primeiro lugar pela criação de um lar no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Esta requer a aprendizagem da abnegação, de um reto juízo, do domínio de si, condições de toda liberdade verdadeira. Os pais ensinarão os filhos a subordinar "as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais." Dar bom exemplo aos filhos é uma grave responsabilidade para os pais. Sabendo reconhecer diante deles seus próprios defeitos, ser-lhes-á mais fácil guiá-los e corrigi-los:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">"Aquele que ama o filho usará com freqüência o chicote; aquele que educa seu filho terá motivo de satisfação" (Eclo 30,1-2). "E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor" (Ef 6,4).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2372 O Estado é responsável pelo bem-estar dos cidadãos. Por isso, é legítimo que ele intervenha para orientar a demografia da população. Pode fazer isso mediante uma informação objetiva e respeitosa, mas nunca por via autoritária e por coação. O Estado não pode legitimamente substituir a iniciativa dos esposos, primeiros responsáveis pela procriação e educação de seus filhos. O Estado não está autorizado a intervir neste campo, com meios contrários à lei moral.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.4 Educação cristã dos filhos como caminho de santificação</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§902 De maneira especial, os pais participam do múnus de santificação "quando levam uma vida conjugal com espírito cristão e velando pela educação cristã dos filhos".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.5 Educação da consciência</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1783 A consciência deve ser educada e o juízo moral, esclarecido. Uma consciência bem formada é reta e verídica. Formula seus julgamentos seguindo a razão, de acordo com o bem verdadeiro querido pela sabedoria do Criador. A educação da consciência e indispensável aos seres humanos submetidos a influências negativas e tentados pelo pecado a preferir seu julgamento próprio e a recusar os ensinamentos autorizados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1784 A educação da consciência é uma tarefa de toda a vida. Desde os primeiros anos, alerta a criança para o conhecimento e a prática da lei interior reconhecida pela consciência moral. Uma educação prudente ensina a virtude, preserva ou cura do medo, do egoísmo e do orgulho, dos sentimentos de culpabilidade e dos movimentos de complacência, nascidos da fraqueza e das faltas humanas. A educação da consciência garante a liberdade e gera a paz do coração.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1785 Na formação da consciência, a Palavra de Deus é a luz de nosso caminho; é preciso que a assimilemos na fé e na oração e a ponhamos em prática. É preciso ainda que examinemos nossa consciência, confrontando-nos com a Cruz do Senhor. Somos assistidos pelos dons do Espírito Santo, ajudados pelo testemunho e conselhos dos outros e guiados pelo ensinamento autorizado da Igreja.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.6 Educação da fé cristã dever e múnus</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1635 Conforme o direito em vigor na Igreja Latina, um casamento misto exige, para sua liceidade, a permissão expressa da autoridade eclesiástica. Em caso de disparidade de culto, requer-se uma dispensa expressa do impedimento para a validade do casamento. Esta permissão ou esta dispensa supõem que as duas partes conheçam e não excluam os fins e as propriedades essenciais do casamento, e também que a parte católica confirme o empenho, com o conhecimento também da parte não-católica, de conservar a própria fé e assegurar o batismo e a educação dos filhos na Igreja católica.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1651 A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1656 Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hóstia à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concílio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de "Ecclesia domestica". E no seio da família que os pais são "para os filhos, pela palavra e pelo exemplo... os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1657 E na família que se exerce de modo privilegiado o sacerdócio batismal do pai de família, da mãe, dos filhos, de todos os membros da família, "na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho de uma vida santa, na abnegação e na caridade ativa". O lar é, assim, a primeira escola de vida cristã e "uma escola de enriquecimento humano". E aí que se aprende a resistência à fadiga e a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso e mesmo reiterado e, sobretudo, o culto divino pela oração e oferenda de sua vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1658 Não podemos esquecer também certas pessoas que, por causa das condições concretas em que precisam viver – muitas vezes contra a sua vontade -, estão particularmente próximas do coração de Jesus e merecem uma atenciosa afeição e solicitude da Igreja e principalmente dos pastores: o grande número de pessoas celibatárias. Muitas dessas pessoas ficam sem família humana, muitas vezes por causa das condições de pobreza. Há entre elas algumas que vivem essa situação no espírito das bem-aventuranças, servindo a Deus e ao próximo de modo exemplar. A todas elas é preciso abrir as portas dos lares, "Igrejas domésticas", e da grande família que é a Igreja. "Ninguém está privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para quantos 'estão cansados e oprimidos'." </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1659 São Paulo diz: "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a igreja... E grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e sua Igreja" (Ef 5,25.32).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1660 O pacto matrimonial, pelo qual um homem e uma mulher constituem entre si uma íntima comunidade de vida e de amor, foi fundado e dotado de suas leis próprias pelo Criador. - uma natureza, é ordenado ao bem dos cônjuges, como também à geração e educação dos filhos. Entre os batizados, foi elevado, por Cristo Senhor, à dignidade de sacramento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1661 O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com igreja. Concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou sua Igreja; a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1662 O Matrimônio se baseia no consentimento dos contraentes, isto é, na vontade de doar-se mútua e definitivamente para viver uma aliança de amor fiel e fecundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1663 Como o Matrimônio estabelece os cônjuges num estado público de vida na Igreja, convém que sua celebração seja pública no quadro de uma celebração litúrgica diante do sacerdote (ou de testemunha qualificada da Igreja), das testemunhas e da assembléia dos fiéis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1664 A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com unidade do matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal de seu mais excelente": a prole.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1665 O novo casamento dos divorciados ainda em vida do legítimo cônjuge contraria o desígnio e a lei de Deus que Cristo ensinou. Eles não estão separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1666 O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2685 A família cristã é o primeiro lugar da educação para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimônio, ela é "a Igreja doméstica", onde os filhos de Deus aprendem a orar "como Igreja" e a perseverar na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é o primeiro testemunho da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito Santo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.7 Educação da fé e conseqüências de sua negligência</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2125 Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A imputabilidade desta falta pode ser seriamente diminuída em virtude das intenções e das circunstâncias. Na gênese e difusão do ateísmo, "grande parcela de responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que, negligenciando a educação da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião"</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.8 Educação da liberdade</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2370 A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má "toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação"</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">"À linguagem nativa que exprime a recíproca doação total dos cônjuges a contracepção impõe uma linguagem objetivamente contraditória, a do não se doar ao outro. Deriva daqui não somente a recusa positiva de abertura à vida, mas também uma falsificação da verdade interior do amor conjugal, chamado a doar-se na totalidade pessoal." Esta diferença antropológica e moral entre a contracepção e o recurso aos ritmos periódicos "envolve duas concepções da pessoa e da sexualidade humana irredutíveis entre si".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2526 O que se costuma chamar permissividade dos costumes se apoia numa concepção errônea da liberdade humana; para se edificar, esta última tem necessidade de se deixar educar previamente pela lei moral. Convém exigir dos responsáveis pela educação que dêem à juventude um ensino respeitoso da verdade, das qualidades do coração e da dignidade moral e espiritual do homem</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.9 Efeitos e frutos da educação</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1839 As virtudes morais crescem pela educação, pelos atos deliberados e pela perseverança no esforço. A graça divina purifica e as eleva.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1917 Cabe aos que exercem a função de autoridade fortalecer os valores que atraem a confiança dos membros do grupo e os incitam a se colocar a serviço dos semelhantes. A participação começa pela educação e pela cultura. "Podemos pensar com razão em depositar o futuro da humanidade nas mãos daqueles que são capazes de transmitir às gerações do amanhã razões de viver e de esperar."</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.10 Formação religiosa vide Formação</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.11 Impedimentos para a educação dos filhos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1634 A diferença de confissão entre os cônjuges não constitui obstáculos insuperável para o casamento, desde que consigam pôr em comum o que cada um deles recebeu em sua comunidade e aprender um do outro o modo de viver sua fidelidade a Cristo. Mas nem por isso devem ser subestimadas as dificuldades dos casamentos mistos. Elas se devem ao fato de que a separação dos cristãos é uma questão ainda não resolvida. Os esposos correm o risco de sentir o drama da desunião dos cristãos no seio do próprio lar. A disparidade de culto pode agravar ainda mais essas dificuldades. As divergências concernentes à fé, à própria concepção do casamento, como também mentalidades religiosas diferentes, podem constituir uma fonte de tensões no casamento, principalmente no que tange à educação dos filhos. Uma tentação pode então apresentar-se: a indiferença religiosa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.12 Liberdade de educar os filhos na fé e na comunidade política</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2211 A comunidade política tem o dever de honrar a família, de assisti-la, de lhe garantir sobretudo: </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> O direito de se constituir, de ter filhos e de educá-los de</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> acordo com suas próprias convicções morais e religiosas;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> a proteção da estabilidade do vínculo conjugal e da instituição familiar;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> a liberdade de professar a própria fé, de transmiti-la, de educar nela os filhos, com os meios e as Instituições necessárias;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> o direito à propriedade privada, à liberdade de empreendimento, ao trabalho, à moradia, à emigração;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> de acordo com as instituições dos países, o direito à assistência médica, à assistência aos idosos, aos abonos familiares;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> a proteção da segurança e da saúde, sobretudo em relação aos perigos, como drogas, pornografia, alcoolismo etc.;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> a liberdade de formar associações com outras famílias e, assim, serem representadas junto às autoridades civis.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.13 Matrimônio e educação dos filhos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1601 "A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor."</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1652 O instituto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos, e por causa dessas coisas (a procriação e a educação dos filhos), (o instituto do Matrimônio e o amor dos esposos) são como que coroados de maior glória.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e contribuem grandemente para o bem dos próprios pais. Deus mesmo disse: "Não convém ao homem ficar sozinho" (Gn 2,18), e "criou de início o homem como varão e mulher" (Mt 19,4); querendo conferir ao homem participação especial em sua obra criadora, abençoou o varão e a mulher dizendo: "Crescei e multiplicai-vos" (Gn 1,28). Donde se segue que o cultivo do verdadeiro amor conjugal e toda a estrutura da vida familiar que daí promana, sem desprezar os outros fins do Matrimônio, tendem a dispor os cônjuges a cooperar corajosamente como amor do Criador e do Salvador que, por intermédio dos esposos, quer incessantemente aumentar e enriquecer sua família.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2201 A comunidade conjugal está fundada no consentimento dos esposos. O casamento e a família estão ordenados para o bem dos esposos, a procriação e a educação dos filhos. O amor dos esposos e a geração dos filhos instituem entre os membros de uma mesma família relações pessoais e responsabilidades primordiais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.14 Pais primeiros e principais educadores dos filhos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1653 A fecundidade do amor conjugal se estende aos frutos vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos. Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e da família é estar a serviço da vida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2206 As relações dentro da família acarretam uma afinidade de sentimentos, de afetos e de interesses, afinidade essa que provém sobretudo do respeito mútuo entre as pessoas. A família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar "uma carinhosa abertura recíproca de alma entre os cônjuges e também uma atenta cooperação dos pais na educação dos filhos".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§2372 O Estado é responsável pelo bem-estar dos cidadãos. Por isso, é legítimo que ele intervenha para orientar a demografia da população. Pode fazer isso mediante uma informação objetiva e respeitosa, mas nunca por via autoritária e por coação. O Estado não pode legitimamente substituir a iniciativa dos esposos, primeiros responsáveis pela procriação e educação de seus filhos. O Estado não está autorizado a intervir neste campo, com meios contrários à lei moral.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">E.4.15 Tornar acessível o direito de educar</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><span style="color: black;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1908 Em segundo lugar, o bem comum exige o bem-estar social e o desenvolvimento do próprio grupo o desenvolvimento é o resumo de todos os deveres sociais. E claro, cabe à autoridade servir de árbitro, em nome do bem comum, entre os diversos interesses particulares. Mas ela deve tornar acessível a cada um aquilo de que precisa para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, saúde, trabalho, educação e cultura, informação conveniente, direito de fundar um lar etc.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">§1911 As dependências humanas se intensificam. Estendem-se aos poucos à terra inteira. A unidade da família humana, reunindo seres que gozam de uma dignidade natural igual, implica um bem comum universal. Este exige uma organização da comunidade das nações capaz de "atender às várias necessidades dos homens, tanto no campo da vida social (alimentação, saúde, educação...) como em certas condições particulares que podem surgir cá ou lá, tais como a necessidade (...) de acudir aos sofrimentos dos refugiados (...),ou de ajudar os emigrantes e suas famílias".</span></div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-376660645164800791.post-33742194394166318372011-11-28T17:35:00.000-08:002011-11-28T17:35:26.949-08:00Religião no Mundo Moderno e Educação nos dias de Hoje<div style="text-align: justify;">Esse video mostra claramente como é tratada a religião no mundo de hoje. Como algo sem muita importância, todas as religiões são iguais, o importante é acreditar em algo, temos que ter tolerância...O mais interssante foi quando o professor ergueu a voz para o aluno dizendo que nao tolerava Chersterton por causa do livro Ortodoxia que significa ensinamento correto e religião nao tinha nada a ver com isso mas com tolerancia....incoerente não é? ao mesmo que pede tolerância é intolerante com aqueles que querem seguir o caminho correto assim acontece nos dias de hoje quando o assunto é religião. O mundo de hoje não aceita que exista uma só Verdade, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vivem imersas num relativismo onde tudo valido, mas quando se fala em uma moral de vida, religião, caminho correto, já te taxam de preconceituoso, intolerante e por aí vai. Realmente não é fácil ser cristão nesse mundo mas nem o próprio Cristo disse que seria. Então não devemos esperar que as pessoas nos aceitem, mas importante é que Deus nos aceite.</div><div style="text-align: justify;"> Agora a questão da educação. A pedagogia marxista ensinou que não se pode ter mais autoridade dentro de sala de aula, que o professor é apenas um "facilitador" e não o mestre que ensina. Que as cadeiras estão dispostas de uma maneira opressora, pois estao enfileiradas e de frente para o professor e que a sala deveria estar circulo, pois aí demonstra a igualdade de ambos. Ora se o professor fosse apenas um facilitador ele nao precisava estar ali os alunos aprenderiam por si mesmos. Mas a função dele é justamente transmitir o conhecimento ser o mestre que ensina e não um "facilitador" como tais pedagogias querem dizer. E isso não é oprimir o aluno mas sim ensinar o caminho da verdade para que ele saiba a direção a seguir. Isso não significa que não haja interação entre professor e aluno, mas unicamnte que o professor é a autoridade e deve ser respeitado como tal. Afinal como quando nao sabemos o caminho precisamos de alguém que nos guie e assim são os professores, e quando necessário deve cobrar disciplina, não por serem carrascos, mas por querer o bem de seus alunos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2boPY9GqoO8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> </div>Emiliane Dias Limahttp://www.blogger.com/profile/02263490363269493179noreply@blogger.com0